Zé Ramalho: a força da canção
Boa noite meus caros 23 fiéis leitores e demais 36 de uma visitinha de vez em quando.
Ontem fui num show do Zé Ramalho. Venho aqui amanhã ou segunda contar pra vocês.
Abraço e até lá.
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TERÇA, 06 MAIO, 12H06MIN
Eis-me aqui para compartilhar com vocês essa experiência. Só deu pra vir agora, viu Estanislau? Kkkkkkkkkkkk.
Buenas, o título que dei para essa crônica diz tudo: A FORÇA DA CANÇÃO. Esse show foi na sexta-feira, na praia mais bonita daqui da Groenlândia. Despojado. Ramalho ao violão e mais 5 músicos no palco: sax/flauta, teclados, bateria, percussão e baixo. Sem guitarra!
Mas a guitarra não fez falta, o sax-flauta fazia a maior parte dos solos, junto com os teclados. O baixo também entrava nessa, mas pouco. E o violão nylon do Zé era muito bem executado por ele. Acordes simples (na armadura tradicional em que são feitos no violão), mas um trabalho de mão direita muito firme nas "batidas", diria até requintado nos contratempos dos ritmos. Para ser de qualidade, não precisa ser hipertécnico, basta ter a musicalidade certa. Tipo Oasis, por exemplo.
Despojado: eram só os músicos no palco, sem fogos de artifício e sem recursos audiovisuais. Os instrumentos e as vozes eram o show, junto com a força das canções (repito). E os arranjos eram na medida exata, sem virtuosismos, embora também sem indigência musical. Tudo na medida certa, a serviço das canções, todas com melodias, harmonias e letras inventivas, como quem conhece o trabalho dela já sabe.
Abriu com uma versão legal de Pra Não Dizer Que Não Falei de Flores, de Geraldo Vandré. Acrescentou mais um acorde na canção que no original é toda em Am e G. Não percebi o tom em que ele estava, mas, baseando-se na harmonia original, ele acrescenta uma relativa menor ao segundo acorde, G: um Em. Ficou legal, um recurso simples mas que deu mais tensão dramática para a canção.
Depois veio com Na Beira do Mar. Todo mundo cantando junto, todas as canções. E daí a gente vê quantos sucessos ele tem. Mais fácil dizer os que ficaram de fora: Orquídea Negra, Mistérios da Meia Noite, Mulher Nova Bonita e Carinhosa, Kriptônia. Eu senti falta dessas, mas as outras todas ele cantou. Pelo menos assim me pareceu. E ainda mandou ver duas do Raul: Gitá e Medo da Chuva.
Zé é um cara de pouca conversa, falou pouco durante o show. Abriu a boca depois da terceira canção. Mas sempre foi simpático com o público. No final, antes do bis, pediu para a produção pegar um LP que alguém estava segurando na frente do palco para dar um autógrafo.
Por ser um show numa praia, com mais de cinco mil pessoas assistindo, impressionou-me as canções serem acompanhadas em peso pelo público, onde haviam muitas pessoas jovens. Realmente, o trabalho do Zé é atemporal, transcende gerações. Icônico, com toda a certeza.
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Era isso pessoal. Toda sexta, às 17h19min, estarei aqui no RL com uma nova crônica. Abraço a todos.
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(Não sei porque eu ainda coloco o link desse blog, eu perdi a senha e não atualizo ele há séculos. Até eu descobrir o motivo pelo qual continuo divulgando esse link, vou mantê-lo. Na dúvida, não ultrapasse, né. Em 2014 talvez eu dê um jeito nisso... Mas acho que continuarei seguindo o conselho que a Giustina deu num comentário em 18 de outubro.)