VIDA DURA.




Em uma noite gélida,
Seguia ele entre transeuntes,
Rumo ao ponto final do transporte,
Que o levaria para casa,
Após um dia cansativo de trabalho.
O vento frio entrava por suas narinas,
E saia pela boca em forma de fumaça,
Questão de Química.
E sua química não funcionaria bem,
Diante daquela fila quilométrica,
Que encontrou, quando dobrou a curva,
Curvou-se ante àquele espetáculo dantesco.
Sentiu-se diminuído, um ponto na imensa tela,
Um inseto, incerto e imerso em um grande oceano,
Um grão de areia, naquele oásis de pessoas,
Enlouquecidas e transtornadas em busca de um lugar,
Em um pequeno espaço no interior dos veículos.
Interiormente sentia náuseas, mal estar,
Causados pela premente multidão fremente.
Lá pelas tantas conseguiu um lugar,
Na condução que o levaria ao lar,
Mas não contava com a avaria do veículo,
Cujo motor estranhamente aqueceu até fundir-se.
Mais três horas passaram-se até a chegada em casa,
Já de madrugada e com a preocupação de dormir,
E logo acordar para retornar ao trabalho.
Vida dura, preocupante, estressante e impiedosa,
É a rotina do trabalhador, pobre e responsável.



Por: Jaymeofilho.
02/05/2014.
 
Jaymeofilho
Enviado por Jaymeofilho em 02/05/2014
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