"CIDADE DA LUZ"
Ao som das ondas do verde mar as crianças dormiam. Dos apartamentos 505 e 511 do Othon Palace Hotel (Diárias Bancobras) meu grupo familiar deslumbrava-se com a visão panorâmica da mais bela e bem estruturada orla marítima do Brasil. Em Fortaleza os dias chegam mais cedo, quando às 5h o sol já doura as manhãs e, em toda a extensão da orla, vê-se a movimentação da vida em longas caminhadas ao soprar do vento com cheiro de mar bem próximo. Às 17h o sol declina e dá vez à noite na “Cidade da Luz”. O breu do céu noturno se espalha, o mar se agita de Meirelles a Iracema, mas nele reflete, ao longe, o clarão que vem dos edifícios. Elegantemente perfilados em toda a extensão da orla, prédios belíssimos, hotéis de grande porte, bares, restaurantes e lanchonetes. Na sorveteria “50 Sabores” conhecemos um casal argentino com o filho Diego a brincar com o meu Gabriel. Ali na orla, em meio a tantas atrações, tudo concorre com a impecável estrutura à beira das praias centrais, em cujo calçadão há diversificadas ofertas gastronômicas em restaurantes típicos, casas de shows, feira de artesanatos, passeios de velas, ginástica rítmica, um vai-vem constante de turistas nacionais e internacionais e até um parque infantil de onde sai um trenzinho com as crianças por toda a orla. Não há espaço mais democrático, divertido e visual mais belo.
Entre as mais próximas, a Praia do Futuro é umas das mais atraentes, não só pela beleza do mar em altas ondas, mas também pela confortável e impecável estrutura, com suas “barracas/restaurantes”. É algo indescritível e único. Tem espaço reservado para as crianças, com parque e piscina. Só estando lá para curtir como se come bem, bebe-se o melhor, embora gaste-se muito. Mas tudo compensa aquele pedaço de paraíso. Incomoda um pouco o constante assédio de vendedores. Tudo, desde artesanato a “tira-gosto”. De repente, até um enfermeiro pretenso estudante de medicina aparece para verificar a glicose e medir a pressão arterial, a 10 reais por pessoa. Tudo faz circular grana, movimentando a economia por ali.
A Praia do Cumbuco é linda e tem a estrutura de um clube. É incomparavelmente melhor que o badalado Porto de Galinhas em Pernambuco. Restaurantes bem montados, confortáveis, comida cara, mas o cardápio é variado e de boa qualidade. Decoração típica, espaço para descanso com redes disponíveis, ótimos banheiros, tudo caprichadíssimo. Passeio de buggy, a cavalo ou à vela. Paraíso tropical. Coisa de primeiro mundo. Não. Tenho certeza de que não há algo igual noutras praias lá fora.
O passeio pela cidade foi interessante. O táxi não é caro e em poucas horas vê-se o Mercado Central, o Teatro José de Alencar, a Praça do Ferreira, o Dragão do Mar Centro Cultural, a Catedral. Nesta assistimos à missa no domingo às 10h. Estilo gótico por fora, o interior da igreja é amplo e alto, com grandes colunas e belas imagens, destacando-se a de N. Srª Da Assunção, lindíssima. Os cânticos, de um pequeno coral em quatro vozes acompanhadas por órgão, me emocionaram, especialmente o Panis Angelicus, de Cesar Frank. Quase não se vê isso em Brasília, onde os grupos de jovens, querendo aparecer, fazem nas missas um barulho insuportável com a bateria superando os cânticos.
A Ponta dos Ingleses é visita imperdível para uma das vistas mais belas dos “verdes mares bravios” descritos por José de Alencar. Em Messejana está a casa onde nasceu o grande escritor romântico, hoje um museu e centro cultural. O Shopping Iguatemi, em Fortaleza, é tão grande quanto belo. Supera o Iguatemi de Brasília, só igualando-se ao nosso Parkshopping.
Enfim, eu que estive em Fortaleza quando tinha 15 anos, surpreendi-me agora ao revisitá-la. E fico a pensar alguns paulistas e cariocas desinformados que discriminam o Nordeste. Como são tolos esses bairristas! Saibam eles que os nordestinos já não querem o Sul e Sudeste, e os que foram pra lá estão voltando. Em que pese o trânsito problemático e o fato de ser uma das cidades mais violentas do Brasil, a capital cearense é uma das mais visitadas do nosso país, e, indiscutivelmente, com a melhor estrutura de praias. Conheço o Rio de Janeiro, Salvador, Recife, João Pessoa, Maceió, Luis Correia, Natal, São Luis e, por mais bonitas que sejam as praias, nem uma delas se compara às de Fortaleza. Quem já esteve lá há de concordar comigo; quem não a conhece merece ir para vê-la e conferir. É como eu digo: o Nordeste é um país. E o Ceará “não é fraco não”.
Ao som das ondas do verde mar as crianças dormiam. Dos apartamentos 505 e 511 do Othon Palace Hotel (Diárias Bancobras) meu grupo familiar deslumbrava-se com a visão panorâmica da mais bela e bem estruturada orla marítima do Brasil. Em Fortaleza os dias chegam mais cedo, quando às 5h o sol já doura as manhãs e, em toda a extensão da orla, vê-se a movimentação da vida em longas caminhadas ao soprar do vento com cheiro de mar bem próximo. Às 17h o sol declina e dá vez à noite na “Cidade da Luz”. O breu do céu noturno se espalha, o mar se agita de Meirelles a Iracema, mas nele reflete, ao longe, o clarão que vem dos edifícios. Elegantemente perfilados em toda a extensão da orla, prédios belíssimos, hotéis de grande porte, bares, restaurantes e lanchonetes. Na sorveteria “50 Sabores” conhecemos um casal argentino com o filho Diego a brincar com o meu Gabriel. Ali na orla, em meio a tantas atrações, tudo concorre com a impecável estrutura à beira das praias centrais, em cujo calçadão há diversificadas ofertas gastronômicas em restaurantes típicos, casas de shows, feira de artesanatos, passeios de velas, ginástica rítmica, um vai-vem constante de turistas nacionais e internacionais e até um parque infantil de onde sai um trenzinho com as crianças por toda a orla. Não há espaço mais democrático, divertido e visual mais belo.
Entre as mais próximas, a Praia do Futuro é umas das mais atraentes, não só pela beleza do mar em altas ondas, mas também pela confortável e impecável estrutura, com suas “barracas/restaurantes”. É algo indescritível e único. Tem espaço reservado para as crianças, com parque e piscina. Só estando lá para curtir como se come bem, bebe-se o melhor, embora gaste-se muito. Mas tudo compensa aquele pedaço de paraíso. Incomoda um pouco o constante assédio de vendedores. Tudo, desde artesanato a “tira-gosto”. De repente, até um enfermeiro pretenso estudante de medicina aparece para verificar a glicose e medir a pressão arterial, a 10 reais por pessoa. Tudo faz circular grana, movimentando a economia por ali.
A Praia do Cumbuco é linda e tem a estrutura de um clube. É incomparavelmente melhor que o badalado Porto de Galinhas em Pernambuco. Restaurantes bem montados, confortáveis, comida cara, mas o cardápio é variado e de boa qualidade. Decoração típica, espaço para descanso com redes disponíveis, ótimos banheiros, tudo caprichadíssimo. Passeio de buggy, a cavalo ou à vela. Paraíso tropical. Coisa de primeiro mundo. Não. Tenho certeza de que não há algo igual noutras praias lá fora.
O passeio pela cidade foi interessante. O táxi não é caro e em poucas horas vê-se o Mercado Central, o Teatro José de Alencar, a Praça do Ferreira, o Dragão do Mar Centro Cultural, a Catedral. Nesta assistimos à missa no domingo às 10h. Estilo gótico por fora, o interior da igreja é amplo e alto, com grandes colunas e belas imagens, destacando-se a de N. Srª Da Assunção, lindíssima. Os cânticos, de um pequeno coral em quatro vozes acompanhadas por órgão, me emocionaram, especialmente o Panis Angelicus, de Cesar Frank. Quase não se vê isso em Brasília, onde os grupos de jovens, querendo aparecer, fazem nas missas um barulho insuportável com a bateria superando os cânticos.
A Ponta dos Ingleses é visita imperdível para uma das vistas mais belas dos “verdes mares bravios” descritos por José de Alencar. Em Messejana está a casa onde nasceu o grande escritor romântico, hoje um museu e centro cultural. O Shopping Iguatemi, em Fortaleza, é tão grande quanto belo. Supera o Iguatemi de Brasília, só igualando-se ao nosso Parkshopping.
Enfim, eu que estive em Fortaleza quando tinha 15 anos, surpreendi-me agora ao revisitá-la. E fico a pensar alguns paulistas e cariocas desinformados que discriminam o Nordeste. Como são tolos esses bairristas! Saibam eles que os nordestinos já não querem o Sul e Sudeste, e os que foram pra lá estão voltando. Em que pese o trânsito problemático e o fato de ser uma das cidades mais violentas do Brasil, a capital cearense é uma das mais visitadas do nosso país, e, indiscutivelmente, com a melhor estrutura de praias. Conheço o Rio de Janeiro, Salvador, Recife, João Pessoa, Maceió, Luis Correia, Natal, São Luis e, por mais bonitas que sejam as praias, nem uma delas se compara às de Fortaleza. Quem já esteve lá há de concordar comigo; quem não a conhece merece ir para vê-la e conferir. É como eu digo: o Nordeste é um país. E o Ceará “não é fraco não”.