AS GATAS DA MINHA VIDA
As gatas da minha vida
Não tenho sorte com elas - seja de duas ou de quatro patas. Já contei esta história há muito tempo, quando a praça em frente da casa era um matagal só.
Nos fundos da residência, há pequena cobertura onde coloco os botijões de gás. Certa manhã, surpresa não muito agradável. Uma gata deu à luz três filhotes nela. O jeito foi aceitar numa boa. Como cresciam os diabinhos. Passei a dar leite todos os dias aos bichanos. A mãe, ração. Eles passavam o dia brincando, ora no corredor, ora na tubulação da água da chuva. A mãe saia de manhã. Só voltava para o almoço e para o jantar. Mas pernoitava com os filhotes. O crescimento deles já me preocupava. O que fazer com eles?
Certo dia, o entregador de gás deixou o portão do corredor aberto. Mais do que depressa, os três sairam disparados para a rua e adentraram no matagal da praça. Nunca mais os vi, apesar de procurá-los por bom tempo.
O mais triste foi a mãe chegar à noite e não encontrá-los. Como o miado dela parecia triste. E assim ela passou uns bons dias. Depois desapareceu. Nunca mais um felino entrou no quintal.