Diário de Sonhos - #075: Cavalo Selvagem
Sonhei que estava viajando de ônibus com destino à Argentina. Paramos numa rodoviária e eu desci pra tomar um café. A rodoviária consistia num casebre parecido com um boteco na beira da estrada. Entrei. Quando saí novamente, o ônibus já não estava mais lá. Então resolvi ir andando mesmo.
Agora estou dentro de uma mata densa, de um verde muito vivo. Há árvores engraçadas, cipós e ouço muitos animais. A estrada desapareceu há muito, mas continuo andando. Encontro uma menina no meio do caminho e ela diz que vai me mostrar o caminho pra Argentina.
Agora estamos na frente do muro de uma imponente casa (na verdade era um conjunto de casas e mais lembrava um quartel). Pulamos o muro e vamos até a geladeira comer alguma coisa. No entanto, a casa é das formigas e elas se irritam com nossa invasão. Milhares, centenas de milhares delas começam a se amontoar no pátio. Agora estou no telhado de um dos barracões. O chão está preto e vivo, de tanta formiga. Elas marcham em direção ao barracão que tem a geladeira, onde minha amiga está. Pego uma mangueira e ligo na torneira. O jato sai com força e eu varro as formigas para bem longe de minha amiga.
Agora estou numa espécie de ilha flutuante em meio a um céu de crepúsculo roxo-alaranjado. Uma entidade para a minha frente e diz que devo escolher um companheiro, que também me servirá de montaria na viagem pra Argentina. Agora estou parado no meio da rua de um bairro residencial. É dia. O horizonte está coberto por gigantescas criaturas. Tem elefantes, rinocerontes, dragões, cavalos. Mas um em especial me chama atenção. Um alazão grande, forte e completamente branco. Suas patas, seu corpo, sua crina, tudo era de um branco tão intenso que doía olhar pra ele. Escolhi-o como meu companheiro. Ele diminuiu de tamanho até eu poder montar nele. Mas então eu lembrei que nunca tinha montado num cavalo, e que não sabia como fazer. O cavalo responde que tudo bem. Em instantes ele se transformou num lindo carro de luxo branco (parecido com um HB20 pra falar a verdade). Entrei no carro e acelerei até onde Deus (era assim que eu chamava a entidade) me esperava para me entregar um CD Player.
Vinte e nove de abril de dois mil e quatorze.