Casinha de Sapê
Tudo o que eu queria no momento, era paz para a minh'alma. Um pouco de calma sempre faz bem, estou tentando me conter no momento, fugir daquela realidade triste que aflige meu coração.
Eu vi a sua foto, com aquela que não era eu. O que mais doeu? Não foi ver, foi a intensão pela qual foi mostrada a mim. O ser humano é ardiloso! Ruim por natureza. De quem menos esperamos é que sem veem a conduta sórdida para com o outro ser.
Não sei porque ainda me espanto, se é isso que se deve esperar mesmo de um "cara estranho". O nosso Criador nos deu lindos talentos, mas só um de nós está sabendo aproveitar, frutificar e multiplicar esse talento. E porquê? Porque Deus jamais abençoará uma fonte que jorra água doce e salgada!
Depois de toda tortura que vivi, só queria ir pra casa. Mas não qualquer casa, minha casa. Queria uma casinha de sapê, com o cheiro leve do campo, com borboletas ziguezagueando entre meus ombros, bem-te-vis na janela pequena cantarolando.
O vento passando pela frestas do telhado, o chão liso e fresco para se deitar e relaxar, no quarto uma cama macia para inflamar e uma escrivaninha para escrever e levar-me a sonhar, na sala um companheiro que se adeque a minha falta de carinho, um fofo gatinho!
Não deve ser tão difícil ser feliz assim. Acho que devo só me afastar das más pessoas e me aproximar mais do meu Criador. Ir a essa casinha de sapê e me esparramar numa rede e aumentar o som...