AS DOCES OPORTUNIDADES QUE HÁ NO LIXO CULTURAL

O que importa para você? Você vive a vida formatada? Na qual você aprende através dos seus pais, da comunidade, da igreja e da escola o que eles vierem a te ensinar. Aprende como a maioria: sem questionar qualquer coisa? E depois de formado, adulto ou não, você foca em arranjar um emprego, fazer viagens de férias, consagrar a vida social, formar-se profissionalmente conforme você se convenceu ser a sua vocação? Tem interesse por mídia ou por esporte? É importante para você arrumar namorado ou namorada, casar, ter filhos? Assistir a televisão, ouvir o rádio ou logar numa rede social, ler qualquer coisa, saber os acontecimentos? Idolatra a moda e o consumo? Enriquece as indústrias de toda sorte? Cuida da saúde, quer sempre ser vacinado, ufana os alopáticos e combate quem fala contra eles ou contra o sistema médico-científico? Pensa viver a velhice também conforme é formatado? Preocupar com o futuro dos filhos e dos netos, preocupar com o que deixar para eles após a morte. Tem medo da morte? Quer ir para o céu depois dela?

Todas essas acepções fazem parte da vida formatada. Pelo menos no Ocidente é assim a lavagem cerebral padrão. E todos aqueles que porventura são agraciados e saem desse roteiro e conseguem enxergar o outro lado da cortina são considerados como infelizes desagregados. Gente que o demônio se apoderou e que vai passar a eternidade no inferno. Gente que não vai ter nada na vida. Como se fosse ter alguma coisa nossa missão aqui neste planeta. É melhor aceitar a receita de bolo, que vem junto com a ideia do que é ser recompensado, que o sistema estabelece para todos nós salvaguardar em nosso software mental e manter funcionando. A roda não pode parar de girar.

Eu estive pensando nessas coisas. Estou sempre recebendo links de estudos fora do contextual, que amigos me mandam por e-mail ou me falam pessoalmente a palavra chave para eu procurar por conta própria. E esse material é aquele que dá aquela impressão de que quem se ocupa com eles gasta muito tempo em vão. Coisas como "há ou não extraterrestres", "os ETs estão na Terra","teoria da conspiração", "a maçonaria é boa ou é má", "as religiões são exatamente o que nos parecem", "os Governos mentem e sempre querem algo de nós com suas campanhas que não devemos aderir","existem fantasmas", "Nova Ordem Mundial", antimídia, antisistema, filosofia, mistérios, espionagem, planos secretos, satanismo, coisas estranhas, os dogmas da existência e etc.

Além de serem assuntos deliciosos de se saber sobre eles, e para quem gosta como eu: escrever, sendo ou não dignos de créditos, esses temas podem ser a salvação para o mundo capitalista. É visível que o mercado de trabalho não tem vaga para todo mundo se cada um de nós decidir viver conforme o formato bom mocinho. O formato do colaborador. E se for para não ter emprego, passar a vida colaborando e recebendo o castigo do inferno aqui na Terra mesmo, ninguém há de querer se manter empurrando a roda. Se a promessa para quem colabora realizando todas as etapas geridas pelas instituições que nos programam, essas que estão nas perguntas do começo da postagem, é uma vida autossustentável e sem privações, é bom que tenha vaga para todos. E não é colocar a população para ser servente de pedreiro em uma obra que constroem e desmancham de tempos em tempos para que as vagas existam. E ganhando bem menos do que ganham os que não fazem esforço algum em suas profissões. Geralmente estes fazem parte do grupo de elite. Raramente um desprovido de berço irá fazer parte desse grupo e trabalhar com coisa melhor e ganhar salário melhor. E também não é produzindo guerras para ao mesmo tempo matar um pouco de gente e gerar necessidade de reconstruções. Que dá lucro e emprego.

Com esses questionamentos na mente, cheguei à decisão de realizar este texto. É um baita estardalhaço as informações que são próprias do meio oculto. Principalmente as que se referem aos extraterrestres. E o número de pessoas e empresas que produz material para este tema e os demais é muito grande. Encabeçam os que estão por trás do cinema de Hollywood e dos autores de best sellers. Estes inclusive é que dão a forma e os conceitos de tudo que é depois aproveitado pelos amadores ou profissionais rebeldes. E também os que enriquecem mais rapidamente e os que tentam afastar as pessoas de darem atenção para essa coisa de explorar esse mercado que eles acham que é só deles. E toda essa gente aparece de alguma forma ou tira seu sustento com sua produção ou com a veiculação da produção de outros quando preposto. Os exploradores desses assuntos formam grupos que são verdadeiros sindicatos. E assim, em meio à boatos, teorias duvidosas, disputas de atenção e denúncias improváveis essa gente leva a vida de uma forma melhor até do que as que se contentam com o trivial sociológico ou antropológico. E os modelos econômicos dos governos se safam da obrigação de manter esse povo ocupado com funções que ele gostaria de exercer e ganhando o dinheiro que gostaria de ganhar. E que dê para cumprir com a promessa de prosperidade que a vida em sociedade promete em detrimento ao nomadismo dos tempos iniciais da vida humana.

Está esperando o que para ganhar dinheiro com o estranho do mundo em vez de temê-lo ou de aceitar recomendação para ser um reles cético? Encare o caos e o temor como uma oportunidade. Aliás: não existem oportunidades em terrenos tranquilos. Onde está tranquilo, há tranquilidade porque já tem alguém operando. Tranquilidade é fruto de gestão. A oportunidade está onde não há ninguém gerindo, seja você um gestor! Coragem e criatividade, vamos!

Eu sou autor do livro "Contos de Verão: A casa da fantasia". Um livro que fala muito sobre coragem e criatividade e causa motivação para atuar em terrenos tempestuosos.