Travessuras da Alma

Livre, livre pra voar novamente. Estou Livre!

Solto, flutuo pelo quarto, por todo lugar, noto minhas mãos, meu corpo; sim, eu estou livre de novo. Sou bebe nascendo para lucidez, criança brincando de ter consciência. Estou vivo, mesmo não estando no corpo.

Oba, a vida continua depois da morte! Uau, eles estão certos, há mesmo algo lá fora, há vida, vida, vida por todo lugar.

Então deixa eu voar...

Deixa eu brincar de fantasma, deixa eu atravessar paredes, deixa eu olhar minhas mãos; deixa eu voar.

Olha como o céu de sampa esta lindo, olha como para cada ponto de escuridão, há uma luz brilhando e mostrando o caminho das asas; da vida que se estende alem do corpo nas travessuras noturnas da alma, nas asas do espírito; que livre voa pela noite por um instante que demora uma eternidade.

Deixa eu voar, mas deixa eu lembrar...

Deixa eu lembrar para contar a todos que nem que seja por um instante, todos voam como pássaros; todos se saciam do doce sabor do céu, todos lembram que fazem parte do todo.

Oh, eu não quero acordar agora. Vou achar que tudo foi fantasia, coisa de quem lê listas; eu não quero acordar...

To voltando, to esquecendo...

Estou de volta ao corpo, mas ainda sinto o gosto das estrelas, o sabor do céu. Estive por lá, consegui voar e lembrar.

Todos podem voar, voar, voar.

Mas se tudo tiver sido um sonho?

Que sonho lindo!