Diário de Sonhos - #073: A Bruxa de Blair

Sonhei que estava de frente para um sobrado. Era de noite e a estava tudo escuro. Somente um poste emitindo uma luz fraca à frente da casa iluminava o lugar. Havia neblina. A cena me lembrava muito a capa do filme "O Exorcista". Entrei na casa. Estou numa sala pequena. Há uma porta aos fundos que parece dar à cozinha e uma escada no canto que leva ao andar superior. Na mesa da sala tem uma esfera brilhante, prateada como a Lua. Assim que a pego entendo que há mais duas escondidas pela casa, e eu devo encontrá-las. Também entendo que dois homens logo entrarão na casa pra me pegar, portanto devo ser rápido. Subo ao segundo andar e procuro num dos quartos. Acho a segunda esfera. Ouço alguém arrombando a porta. São os dois homens. Desespero-me. No canto do quarto há uma porta que não sei onde vai dar. Abro. Estou do lado de fora e preciso atravessar uma ponte de cordas pra alcançar a terceira esfera, que está atrás de uma cachoeira. Mãos fortes me agarram. São os dois homens. Eles são altos e vestem sobretudos e coturnos, totalmente pretos. Um deles tem cabelo longo e o outro é careca. Não consigo identificar suas expressões faciais. Jogam-me no chão e me pisoteiam até a morte. Game over.

Segunda vida.

Como num jogo de videogame, estou parado novamente em frente à casa para tentar novamente. Mas agora eu sei exatamente onde estão as esferas prateadas, e corro pela casa. Os homens de preto também parecem saber isso, e já estão me esperando no segundo andar. Morro de novo.

Terceira vida.

Estou de saco cheio. Pego uma faca na cozinha. Os homens estão à minha espera no mesmo lugar. Esfaqueio-os e corro recolhendo as esferas. No final salto a ponte e consigo pegar a última esfera antes que os homens me alcancem.

Premiação.

Agora estou no salão de festas de uma escola. Muitas pessoas sentadas em cadeiras de plástico. No palco, uma grande mesa branca e várias pessoas em roupas chiques. Decoração de festa. Eu e os homens de preto somos chamados ao palco. Estamos sendo condecorados com estatuetas pela brilhante atuação em "Bruxa de Blair". As pessoas aplaudem e nós três erguemos as estatuetas em júbilo. Do fundo do ginásio um homem todo de preto, sério e arrogante, caminha até nós. É o diretor do filme, e ele anuncia que haverá uma continuação. Os dois homens de preto se transformam. Retomam o jeito hostil e misterioso de quando me perseguiam. Quatro pessoas com as mesmíssimas características se juntam a eles. Agora são seis os meus perseguidores. Entre eles está uma moça muito branca de moicano. Apaixono-me por ela, mas sinto vergonha em dizer.

Agora estou na sala de uma casa, muito maior do que a daquela primeira casa. Está tudo escuro e ameaçador. A porta da sala abre e a moça de moicano entra. Tenho certeza de que ela não veio me dar bom dia.

Vinte e três de abril de dois mil e quatorze.