A culpa é do Cabral
Segundo os livros de História, o Brasil foi “descoberto” por Pedro Álvares Cabral em 22 de abril de 1500, portanto há exatos quinhentos e quatorze anos. Cabral e seus gajos aportaram no litoral da Bahia, porque houve um desvio de rota “acidental”, já que estavam a caminho das Índias. Hã, hã... Sei. Mas isso agora não vem ao caso. Se os portugueses chegaram aqui proposital ou acidentalmente não interessa mais. O que importa mesmo é a situação do Brasil hoje, em 2014. E me importa ainda mais o que acontece aqui em meu Estado e em minha cidade. Agora, não posso deixar de observar é que, de lá pra cá, há sempre um Cabral fazendo História (ou seria história?).
Sou do Rio de Janeiro, um dos Estados mais ricos e bonitos do Brasil. Aqui estão, por exemplo, as maiores reservas de petróleo do país e sediadas as maiores empresas do setor, incluindo a maior companhia brasileira, a Petrobras. Também estão localizadas aqui grandes empresas metalúrgicas, siderúrgicas (A Companhia Siderúrgica Nacional, em Volta Redonda, é o maior complexo siderúrgico da América Latina), de gás-química, petroquímicas, navais, automobilísticas, salineiras, mecânicas, editoriais etc. Nosso Estado só perde para São Paulo, o Estado brasileiro com o maior PIB (produto interno bruto).
A capital, a cidade do Rio de Janeiro, é considerada uma das mais lindas do mundo, sendo um dos destinos mais procurados por turistas nacionais e estrangeiros. Não só pela natureza exuberante, pela beleza de suas praias e de seus espetaculares monumentos como o Cristo Redentor e o Pão de Açúcar, mas também por suas atrações: réveillon, carnaval, mega shows internacionais, eventos culturais e esportivos, enfim, um milhão de possibilidades em termos de entretenimento e de lazer.
As outras cidades do litoral fluminense também têm praias lindíssimas que atraem turistas durante o verão. Já no inverno eles procuram as belezas e o aconchego da Região Serrana e do Sul Fluminense, onde, além da paisagem e do friozinho característicos da montanha, também encontram grandes atrações culturais.
O Estado possui muitas cidades históricas que tiveram grande importância em ciclos econômicos como o do café (Valença, Vassouras, Barra do Piraí e outras) e o da cana-de-açúcar (Campos). E também cidades importantes na economia de hoje: Angra dos Reis, onde está localizada a Usina Nuclear; Volta Redonda, a Cidade do Aço; Resende, onde estão grandes empresas do setor automobilístico. Também é importante mencionar que o Ecoturismo tem sido um dos setores de maior desenvolvimento no Estado.
No entanto, com tantos recursos, com tanta beleza e riqueza, o Estado do Rio de Janeiro não tem conseguido vencer alguns obstáculos: ainda há desemprego, falta segurança, falta qualidade em serviços públicos essenciais como saúde, educação, transportes. Alguns municípios estão sobrevivendo à duras penas, assistindo ao êxodo de seus habitantes em busca de locais com maiores ofertas de trabalho e de renda.
A capital tem vivido os maiores transtornos, principalmente na questão dos transportes. Sabe-se que nas grandes cidades o transporte público não atende à demanda e os serviços, de um modo geral, são muito ruins. A consequência: mais carros nas ruas e quilômetros de congestionamentos todos os dias. Mas parece que no Rio de Janeiro a situação ainda consegue ser pior, devido a obras espalhadas por toda a cidade em função dos grandes eventos que acontecerão em breve.
Durante o Governo Sérgio Cabral muitas obras tiveram atrasos ou não foram concluídas o que, entre outros fatores, geraram o inconformismo da população. Em junho de 2013, quando as manifestações se espalharam pelo país, no Rio de Janeiro os protestos foram diretamente contra o Governo de Cabral. A principal motivação, segundo os manifestantes, seria por considerar autoritária a sua forma de administrar o Estado, utilizando o cargo para interesses próprios, e por suspeitas de corrupção em sua gestão. Eduardo Paes, o prefeito, também enfrentou, e ainda enfrenta, muitas críticas por uma série de problemas que a cidade apresenta, mas o foco principal da insatisfação era mesmo contra Cabral, que há menos de um mês renunciou ao Governo para concorrer a uma vaga no Senado nas próximas eleições.
“Pobre” de seu substituto que ficou com a batata quente nas mãos: um Estado atolado em dívidas, com dezenas de obras não concluídas, com frequentes ataques de bandidos às UPPs (as Unidades de Polícia Pacificadora – a menina dos olhos do Governo de Cabral) e um incontável número de situações que têm deixado os cariocas fulos da vida.
Por incrível que pareça, meu município também é governado por um Cabral - o Dr. Álvaro Cabral da Silva. Este é outro que vem recebendo muitas críticas da população valenciana por vários motivos: aqui também há desemprego, empresas fechando, a saúde não anda bem, faltam material e merenda nas escolas municipais e nas creches, falta abastecimento regular de água em alguns bairros, faltam iluminação e calçamento em diversas ruas, enfim, há muitas coisas a serem realizadas. No ano passado, ele mal havia começado a governar teve de enfrentar a greve dos Profissionais da Educação e da Saúde que, com o décimo terceiro e o salário de dezembro de 2012 atrasados, exigiam que ele pagasse a conta. A conta que, na realidade, nem era dele, mas direito não se discute e foi uma “guerra” até a situação se resolver. Em junho, enfrentou também as manifestações como as que aconteciam em todo país, ainda por questões ligadas aos setores da Educação e da Saúde, ao aumento das passagens dos ônibus circulares e por causa de contratações que, segundo a oposição, eram irregulares.
Eu, particularmente, considero que esta administração tem se mostrado mais empenhada em resolver alguns problemas crônicos de nossa cidade. Há soluções e decisões que já poderiam ter sido tomadas em administrações anteriores. Além do mais, acredito que com apenas um ano e meio de governo não é possível resolver todos os problemas, principalmente porque o enorme volume de dívidas deixado pelo seu antecessor inviabiliza a realização de muitos projetos. Vejam bem, não estou defendo o atual prefeito, apenas prefiro esperar um pouco mais para fazer o meu julgamento. Prefiro acreditar que até o final de seu mandato ele vá cumprir suas metas e as promessas feitas em campanha. Se não o fizer, aí sim, vou “meter o pau”.
A realidade é que, muitos anos antes de o Brasil ser “descoberto” por Cabral, o navegador português, sempre haverá os contra e os a favor dos governos. E haverá também alguns governos regulares e outros menos piores, nunca um governo excelente. É pura ilusão acreditar que todos eles pensem primeiro ou exclusivamente na população.
Portanto, atualmente, tudo o que estiver acontecendo de errado, sabem de quem é a culpa? A culpa é do Cabral.
Qual?!
Segundo os livros de História, o Brasil foi “descoberto” por Pedro Álvares Cabral em 22 de abril de 1500, portanto há exatos quinhentos e quatorze anos. Cabral e seus gajos aportaram no litoral da Bahia, porque houve um desvio de rota “acidental”, já que estavam a caminho das Índias. Hã, hã... Sei. Mas isso agora não vem ao caso. Se os portugueses chegaram aqui proposital ou acidentalmente não interessa mais. O que importa mesmo é a situação do Brasil hoje, em 2014. E me importa ainda mais o que acontece aqui em meu Estado e em minha cidade. Agora, não posso deixar de observar é que, de lá pra cá, há sempre um Cabral fazendo História (ou seria história?).
Sou do Rio de Janeiro, um dos Estados mais ricos e bonitos do Brasil. Aqui estão, por exemplo, as maiores reservas de petróleo do país e sediadas as maiores empresas do setor, incluindo a maior companhia brasileira, a Petrobras. Também estão localizadas aqui grandes empresas metalúrgicas, siderúrgicas (A Companhia Siderúrgica Nacional, em Volta Redonda, é o maior complexo siderúrgico da América Latina), de gás-química, petroquímicas, navais, automobilísticas, salineiras, mecânicas, editoriais etc. Nosso Estado só perde para São Paulo, o Estado brasileiro com o maior PIB (produto interno bruto).
A capital, a cidade do Rio de Janeiro, é considerada uma das mais lindas do mundo, sendo um dos destinos mais procurados por turistas nacionais e estrangeiros. Não só pela natureza exuberante, pela beleza de suas praias e de seus espetaculares monumentos como o Cristo Redentor e o Pão de Açúcar, mas também por suas atrações: réveillon, carnaval, mega shows internacionais, eventos culturais e esportivos, enfim, um milhão de possibilidades em termos de entretenimento e de lazer.
As outras cidades do litoral fluminense também têm praias lindíssimas que atraem turistas durante o verão. Já no inverno eles procuram as belezas e o aconchego da Região Serrana e do Sul Fluminense, onde, além da paisagem e do friozinho característicos da montanha, também encontram grandes atrações culturais.
O Estado possui muitas cidades históricas que tiveram grande importância em ciclos econômicos como o do café (Valença, Vassouras, Barra do Piraí e outras) e o da cana-de-açúcar (Campos). E também cidades importantes na economia de hoje: Angra dos Reis, onde está localizada a Usina Nuclear; Volta Redonda, a Cidade do Aço; Resende, onde estão grandes empresas do setor automobilístico. Também é importante mencionar que o Ecoturismo tem sido um dos setores de maior desenvolvimento no Estado.
No entanto, com tantos recursos, com tanta beleza e riqueza, o Estado do Rio de Janeiro não tem conseguido vencer alguns obstáculos: ainda há desemprego, falta segurança, falta qualidade em serviços públicos essenciais como saúde, educação, transportes. Alguns municípios estão sobrevivendo à duras penas, assistindo ao êxodo de seus habitantes em busca de locais com maiores ofertas de trabalho e de renda.
A capital tem vivido os maiores transtornos, principalmente na questão dos transportes. Sabe-se que nas grandes cidades o transporte público não atende à demanda e os serviços, de um modo geral, são muito ruins. A consequência: mais carros nas ruas e quilômetros de congestionamentos todos os dias. Mas parece que no Rio de Janeiro a situação ainda consegue ser pior, devido a obras espalhadas por toda a cidade em função dos grandes eventos que acontecerão em breve.
Durante o Governo Sérgio Cabral muitas obras tiveram atrasos ou não foram concluídas o que, entre outros fatores, geraram o inconformismo da população. Em junho de 2013, quando as manifestações se espalharam pelo país, no Rio de Janeiro os protestos foram diretamente contra o Governo de Cabral. A principal motivação, segundo os manifestantes, seria por considerar autoritária a sua forma de administrar o Estado, utilizando o cargo para interesses próprios, e por suspeitas de corrupção em sua gestão. Eduardo Paes, o prefeito, também enfrentou, e ainda enfrenta, muitas críticas por uma série de problemas que a cidade apresenta, mas o foco principal da insatisfação era mesmo contra Cabral, que há menos de um mês renunciou ao Governo para concorrer a uma vaga no Senado nas próximas eleições.
“Pobre” de seu substituto que ficou com a batata quente nas mãos: um Estado atolado em dívidas, com dezenas de obras não concluídas, com frequentes ataques de bandidos às UPPs (as Unidades de Polícia Pacificadora – a menina dos olhos do Governo de Cabral) e um incontável número de situações que têm deixado os cariocas fulos da vida.
Por incrível que pareça, meu município também é governado por um Cabral - o Dr. Álvaro Cabral da Silva. Este é outro que vem recebendo muitas críticas da população valenciana por vários motivos: aqui também há desemprego, empresas fechando, a saúde não anda bem, faltam material e merenda nas escolas municipais e nas creches, falta abastecimento regular de água em alguns bairros, faltam iluminação e calçamento em diversas ruas, enfim, há muitas coisas a serem realizadas. No ano passado, ele mal havia começado a governar teve de enfrentar a greve dos Profissionais da Educação e da Saúde que, com o décimo terceiro e o salário de dezembro de 2012 atrasados, exigiam que ele pagasse a conta. A conta que, na realidade, nem era dele, mas direito não se discute e foi uma “guerra” até a situação se resolver. Em junho, enfrentou também as manifestações como as que aconteciam em todo país, ainda por questões ligadas aos setores da Educação e da Saúde, ao aumento das passagens dos ônibus circulares e por causa de contratações que, segundo a oposição, eram irregulares.
Eu, particularmente, considero que esta administração tem se mostrado mais empenhada em resolver alguns problemas crônicos de nossa cidade. Há soluções e decisões que já poderiam ter sido tomadas em administrações anteriores. Além do mais, acredito que com apenas um ano e meio de governo não é possível resolver todos os problemas, principalmente porque o enorme volume de dívidas deixado pelo seu antecessor inviabiliza a realização de muitos projetos. Vejam bem, não estou defendo o atual prefeito, apenas prefiro esperar um pouco mais para fazer o meu julgamento. Prefiro acreditar que até o final de seu mandato ele vá cumprir suas metas e as promessas feitas em campanha. Se não o fizer, aí sim, vou “meter o pau”.
A realidade é que, muitos anos antes de o Brasil ser “descoberto” por Cabral, o navegador português, sempre haverá os contra e os a favor dos governos. E haverá também alguns governos regulares e outros menos piores, nunca um governo excelente. É pura ilusão acreditar que todos eles pensem primeiro ou exclusivamente na população.
Portanto, atualmente, tudo o que estiver acontecendo de errado, sabem de quem é a culpa? A culpa é do Cabral.
Qual?!