Pode ser que Deus seja
Por Carlos Sena
A modernidade não acabou com Deus, embora a gente vez por outra pense que o Capital é Deus, de tanto poder que tem. Concomitante ao mundo do Capital que é o "deus" de muitos, o tradicional DEUS - aquele que mandou seu filho Jesus para nos salvar não saiu de evidência como esperavam alguns. Porque o mundo moderno trouxe consigo desdobramentos ruins que terminam levando as civilizações a buscarem Deus com única saída. As drogas, por exemplo. A falta de objetivos concretos de vida. A violência urbana exacerbada. A idolatria. A corrupção das instituições sociais, só pra ficar nestes. Diante disto, o medo se configura como forte aliado de DEUS! Medo esse que se materializa com o codinome de satanás, capiroto, cadeirudo, chifrudo, Zé Pilintra, Pantanha. E tudo isso se configurando na lógica do amor e do ódio, do bem e do mal. O amor é Deus; o ódio, o diabo. O mal é satanás e o bem é Deus. Essa dicotomia não tem se alterado com as tecnologias revolucionárias, posto que Deus e o Diabo continuam incólumes nas mesmas significações de sempre. Deste modo poder-se-ia dizer que "só desconhece o poder da oração quem desconhece grandes amarguras"? Talvez seja esse o grande filão do mercado da fé: pastores inescrupulosos abusam da fragilidade humana e, via dor e sofrimento, prometem "deus" sob forma de lavagem cerebral.
Como se percebe fica complicado entrar na seara de Deus. Porque Deus é como água e toma a forma do recipiente em que for colocado. Como o mundo anda mesmo meio de cabeça pra baixo, Deus permanece sendo invocado nas mais variadas formas. Porque essa invocação é proporcional ao medo que tem invadido nossas cidades, a despeito de tanta modernidade que nos cerca. Assim, independente de ser ateu ou atoa Deus é. Tomando por base a história cristã talvez seja melhor entender que as religiões são pecadoras ao invés de pescadoras de almas. Pelo meu entendimento, pode ser que Deus seja o que cada um quer que ele seja. Porque senão ELE não seria grande como acredito que seja diante de nós pobres pecadores.
Por Carlos Sena
A modernidade não acabou com Deus, embora a gente vez por outra pense que o Capital é Deus, de tanto poder que tem. Concomitante ao mundo do Capital que é o "deus" de muitos, o tradicional DEUS - aquele que mandou seu filho Jesus para nos salvar não saiu de evidência como esperavam alguns. Porque o mundo moderno trouxe consigo desdobramentos ruins que terminam levando as civilizações a buscarem Deus com única saída. As drogas, por exemplo. A falta de objetivos concretos de vida. A violência urbana exacerbada. A idolatria. A corrupção das instituições sociais, só pra ficar nestes. Diante disto, o medo se configura como forte aliado de DEUS! Medo esse que se materializa com o codinome de satanás, capiroto, cadeirudo, chifrudo, Zé Pilintra, Pantanha. E tudo isso se configurando na lógica do amor e do ódio, do bem e do mal. O amor é Deus; o ódio, o diabo. O mal é satanás e o bem é Deus. Essa dicotomia não tem se alterado com as tecnologias revolucionárias, posto que Deus e o Diabo continuam incólumes nas mesmas significações de sempre. Deste modo poder-se-ia dizer que "só desconhece o poder da oração quem desconhece grandes amarguras"? Talvez seja esse o grande filão do mercado da fé: pastores inescrupulosos abusam da fragilidade humana e, via dor e sofrimento, prometem "deus" sob forma de lavagem cerebral.
Como se percebe fica complicado entrar na seara de Deus. Porque Deus é como água e toma a forma do recipiente em que for colocado. Como o mundo anda mesmo meio de cabeça pra baixo, Deus permanece sendo invocado nas mais variadas formas. Porque essa invocação é proporcional ao medo que tem invadido nossas cidades, a despeito de tanta modernidade que nos cerca. Assim, independente de ser ateu ou atoa Deus é. Tomando por base a história cristã talvez seja melhor entender que as religiões são pecadoras ao invés de pescadoras de almas. Pelo meu entendimento, pode ser que Deus seja o que cada um quer que ele seja. Porque senão ELE não seria grande como acredito que seja diante de nós pobres pecadores.