Sou CORREIOS, e você?
Gosto de saber que faço parte da história dos Correios. É bom fazer parte da família ecetista, que é imensa, com mais de cento e vinte mil membros.
Meu ingresso na empresa, precisamente na Regional de Goiás, ocorrido em 1992, me deixou eufórica, porque pela primeira vez, na história da ECT, haveria representantes da ala feminina realizando entrega de correspondências e demais objetos postais, desempenhando as mesmas tarefas dos carteiros, até então, senhores absolutos no assunto.
A aceitação dos clientes diante da renovação diferenciada no quadro de carteiros foi imediata. Éramos recebidas com carinho e apreço pela maioria, recebendo parabéns pela conquista, o que de certa forma nos enchia de vaidade.
Entre uma pausa para colher assinatura em uma LOEC, ao entregar um SEDEX ou PAC, surgiam os mais inusitados questionamentos. Em certa ocasião, ao realizar a entrega das correspondências em uma loja de componentes eletrônicos bastante conceituada no Setor Central de Goiânia, capital do estado, o gerente, Sr. João Campos, muito simpático, após me oferecer um copo com água, pediu-me para satisfazer-lhe uma curiosidade. No instante seguinte, muito sério, perguntou-me:
- Se, por ventura, mesmo que remotamente, o marido da senhora, que Deus jamais permita (nisso, fez o sinal da cruz) lhe batesse, ele seria incriminado como batedor de carteira?
A colocação causou risos nas pessoas presentes, que entenderam a brincadeira do comerciante, que teve como único objetivo a descontração.