Ando só

Tenho andado sozinho, talvez distraído a ponto de não ver ninguém passar, em alguns momentos chego a andar com os olhos fechados, até que bato em alguma parede. Me perdi de tanto querer achar que hoje é difícil saber o que quero, me sinto tão bem a cada vez que olho para alguma menina que me dá um pouco de atenção, mas não consigo falar nada, desvio o olhar e toco minha vida, é que sigo pensando, e as vezes penso demais.

Vou andando sozinho, ta escuro aqui, as pessoas andam cada vez mais rápido o tempo parece que voa, a lua muda de estação e eu não vejo nada além de estações de metro, as vezes durmo e até ela também passar, sorte minha morar no final, sorte também não estar no final disso tudo, tenho pensado em me arriscar, tenho corrido todo dia, parei de ver tudo passar. Agora eu vou, tenho que ir o futuro me espera, talvez um grande dia, talvez mais um dia sentado em frente ao computador, talvez é melhor parar de me explicar e ir.

Sigo sozinho para algum lugar, ninguém dá o mapa, ninguém pra dizer onde ir, me jogam aqui e ficam esperando minha decisão. Quantas direitas se escolhe quando o certo era a esquerda? Talvez se alguém tivesse dito, talvez se eu conseguisse voltar, talvez eu seria um saco, aquele certinho, que acha que nunca pode errar, aquele que eu gosto de rir na sala de aula, que fica triste com um 9,5 (quem fica triste com isso?) não quero ser esse cara.

Sigo sozinho e errado, não posso voltar pra corrigir, mas também não posso nem pensar em desistir, na verdade me deu vontade de rir disso tudo, o tanto que quero mudar sem saber o que eu seria. Cancelem as máquinas do tempo, vou seguir assim, nada de voltar, (uma dica pro futuro: falar menos) já estou atrasado então vou indo, vou achando lugar pra ficar, gente pra conversar, logo da pra ser feliz seguindo assim, não mais sozinho.

vou andando junto.

Paulo Victor Ribeiro
Enviado por Paulo Victor Ribeiro em 20/04/2014
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