VIOLÊNCIA

Eu gostaria de falar nas segundas, logo após um maravilhoso final de semana, de coisas afáveis, acontecimentos tranqüilos, fatos novos. Infelizmente, coisa boa não vende, qual a graça de colocar na primeira página, um grupo de freiras católicas e noviços franciscanos, que durante 72 horas trabalharam com mendigos e despossuidos na praça da cruz vermelha? Ou mesmo, fieis de uma igreja evangélica qualquer, que em mutirão, construíram uma creche para crianças abandonadas pelos pais (invariavelmente, adolescentes), e que, com contribuição ou não, serão os patronos de tal iniciativa. Mas isso não vende jornal, a violência sim, vende, e muito, nas bancas, na televisão, na mídia em geral. Então seria melhor refletirmos sobre tal situação. É culpa da imprensa se compramos apenas a violência? Nós, simples humanos, gostamos realmente de ver a violência em foco? Não seria de bom tom, buscarmos também, os fatos positivos havidos em nossa cidade? Pois é, a fofoca, a vida alheia, o sangue derramado de inocentes, bandidos, etc..., o que realmente queremos, e o que criamos para nós mesmos , incentivando essa cultura da violência, acrescidas e porque não dizer, aumentada, por setores da mídia, que por razões inconfessáveis, alardeiam ao mundo, uma cidade violenta, com cidadãos violentos, com esquinas violentas, com noites violentas, e novelas, filmes e programas, pra lá de infatins.

Jose Carlos Cavalcante
Enviado por Jose Carlos Cavalcante em 05/09/2005
Código do texto: T47758