Vida real

Eu não sei como funcionam esses encontros mas em algum momento durante olhos se cruzando ele a viu, ela sorriu, dando coragem para se aproximar, em algum momento ele disse oi, ela retribuiu, acho que perdi a parte que ele percebeu que deveria mantê-la sempre feliz se quisesse sempre ver aquele sorriso de novo.

Em algum momento ele começou a duvidar que daria certo, aquelas lembranças que a gente tem do passado que fazem com que a cabeça pense em mil coisas, em mil pessoas tristes, pensem que não vai durar, o problema que a vida tem tudo para se acreditar que é feita para acabar. Para quem piscou por alguns segundos esse foi o momento que ele disse que ainda valia tentar, que mesmo sabendo que se tudo acaba, não precisava de ser agora, admito que me surpreendi com isso, nunca tinha visto ele tomar essa atitude, era do tipo deixa a vida me levar, agora ele colocou a vida no ombro e foi andando.

Durante musicas de fundo ele foi até a casa dela, ela abriu e sorriu, momento que ele percebeu que nem tudo acaba, pena que assim a gente percebe que o filme está acabando, assim parece que o resto da vida fica sem graça, assim a tela fica preta em meio a nomes subindo na tela, temos duas opções desligar ou esperar para que no fim dos créditos tenham mais alguma coisa, esperar que a vida não se acabe.

Poderia contar o final mas descobri que é a falta dele que nos faz querer ir pra casa e fazer a nossa vida melhor, então vou guardar mais esse segredo, desculpe estou tentando ser um bom contador de história e já foi difícil reduzir isso tudo em apenas algumas linhas, talvez tenha a parte dois, talvez vocês aplaudam de pé, talvez seja engraçado ver tudo que se vê na TV todos os dias e ainda acreditar nisso, mas é para isso que são feitos os poetas.

Paulo Victor Ribeiro
Enviado por Paulo Victor Ribeiro em 19/04/2014
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