A "bença mãe, a Bença pai"
A "bença" mãe, a 'bença" pai.
Olynda Aparecida Bassan Franco
2 de outubro
.........o olhar do cotidiano....
Recebo um telefonema, em São Paulo. Minha prima Elizabeth convidando - me para almoçar, na Avenida Paulista. Tem um "glamour" este convite, não tem? Avenida Paulista dos quatrocentos anos, coração financeiro, de lindos parques.Trianon, Parque Mário Covas,antenas coloridas, MASP,galerias, poetas. Lá fui eu, bem vestida; na expectativa. Até tomei um táxi, porque não iria me aventurar subir a ladeira no salto rsrsrs
Como eu já conhecia o restaurante do MASP, optamos pelo restaurante chamado "Bassano", na rua Pamplona, não menos interessante. Que bela surpresa!!! O nome do restaurante é alusivo à região de origem da nossa família Bassan. Minha prima é uma delícia de pessoa por suas experiências de viagem, olhar cuidadoso com a família, tipo mãezona, sabe? Mas o mais "gostoso" desse almoço, além da comida deliciosa, do bom vinho, em um lugar aconchegante e agradável, foi recordar e reverenciar nossos antepassados...nonos, nonas, pais, mães, tios, primos. Agradecer e reconhecer que temos uma dívida de amor para com eles. Pelos valores, pela capacidade de enfrentar a vida, pelo carinho de nos acolhermos como família. Pela fidelidade, em não deixar que as nossas tradições caiam no esquecimento.
A "BETE" me contou que, na região de Vêneto, ao se aproximar da região Bassan, as placas têm o nome de "Bassano", mas trazem o "O" pichado de preto. Isto porque existe uma briga entre dois dialetos da região. Um luta para que seja BASSAN, e o segundo, luta por BASSANO. Quem vai ganhar?
Estava uma tarde gelada em São Paulo, mas nos despedimos com o coração aquecido pelas lembranças, pela amizade. Nos abraçamos como quem quer estreitar os laços de família. Só posso dizer: obrigada, prima.
Saindo do restaurante voltei ao MASP para cumprimentar a Ana, os poetas, já mencionados por mim. Eu os encontrei e falamos um pouco mais sobre cultura. O sorriso deles ao me cumprimentarem, valeu a caminhada na garoa de São Paulo. No vão do museu estava uma equipe, fazendo um trabalho de "saúde e bem estar" na terceira idade. Dentre as atividades, um trio de trovadores, vestidos como na década de trinta, cantavam e dançavam marchinhas. Já me puxaram pra roda. Imagina... Eu, que há anos estive naquele lugar em tantas greves, em tantos protestos por uma EDUCAÇÃO mais digna, hoje, em meio a desconhecidos cantava e dançava..."Estrela Dalva...."Quanto riso, quanta alegria.....rsrs Uma delícia!!!!!!!!! Não me importando, nem com a chuva, nem com o frio. Assim deve ser a maturidade, no envelheSER, não é? 'Não ter a vergonha de ser feliz" "Somos eternos aprendiz " em busca da felicidade. Nosso querido Pe. Jesus dizia: "se você tiver 80 anos, tem uma vida pela frente. Sonhos? Ainda existem, sim senhor.
Homenagem ..."do olhar do cotidiano" neste dia do idoso. Você já abraçou seu idoso, hoje e sempre?
Por hoje é só...."quem quiser que conte outra... " A "bença...mãe...a "bença" pai...