Absorto de Inferências
Nesses contos da vida, de vários acasos a gente sempre diz que as coisas são difíceis de conseguir, que tem que lutar pra ser alguém na vida, ter alguém na vida, mas as palavras giram no ar, soltas, como a poeira que vem de leve, empoeirando tudo. A gente diz, mas nem tudo acontece. Essa tal busca incessante pela felicidade, ou ela não nos quer, ou ela quer que a queiramos. O que é mesmo felicidade? Ainda não sei, talvez nunca saiba. Se você conseguiu ser alguém na vida, encontrou um amor, tem muito dinheiro, nada te falta? Você é feliz? Admite, te falta algo, não falta? Ninguém tem a felicidade cem por cento. Ou têm? Acho que não hein! Sempre falta alguma coisa, eu sei que falta. Se tiver alguém que tem tudo, que encontrou a tal felicidade chama-me, me mostra onde devo encontrá-la, não medirei esforços para ir vê-la, e chamá-la de minha amiga, isso mesmo, chamá-la-ei de amiga, por que não quero ser feliz somente por que tenho o suficiente ou mais que o suficiente pra ser feliz, feliz, não só dizer que sou, mas quero ser, quero dizer, quando alguém me perguntar: você é feliz? Simplesmente me prontificarei em dizer: sou feliz. E se me perguntarem por que, eu direi que a tal felicidade me deixou amá-la, e mais do que em troca, incondicionalmente ela me amou.