MEXER COM QUEM ESTÁ QUIETO DÁ NISTO!
Na casa de ração, contígua ao meu comércio, existe um gato que é o xodó das pessoas que ali adentram e dos transeuntes, diga-se de passagem, literalmente. Aparentemente é um animal dócil, limpo e cativante com o seu olhar de pidão. Eu disse aparentemente porque certo dia eu presenciei uma cena inusitada envolvendo aquele gato e um senhor curioso e metido a bonachão. Talvez querendo fazer graça ou agradar à dona daquele animal, certo homem, já idoso, por sinal, ao passar por aquela loja de ração e ver aquele animalzinho tranquilo no seu lugar, simplesmente não se conteve em apenas lhe dirigir alguns gracejos e tentou acariciá-lo. Só que se esqueceu de perguntar àquele gatinho se podia agir daquela maneira. Pois bem, além do grande susto, aquele senhor levou uma rápida e sutil arranhada tão rápida que, ao tentar de desvencilhar das garras daquele gato terminou derrubando uma gaiola que estava dependurada numa parede daquele estabelecimento, o que fez um grande barulho, assustando à dona e algumas pessoas próximas dali. Sacudindo a mão, mesmo após a mordida ou arranhada, aquele senhor teve o desplante de se queixar à dona daquele gato, dizendo:
-"Nossa, como a senhora cria um animal bravo deste em sua loja? Não teme espantar a freguesia?".
- Não senhor, pelo o contrário, as pessoas que sabem respeitar este gato, além de admirá-lo, sem precisar por a mão nele, até agora, depois de vários anos, só ouvi elogios pela admiração por este animal. Agora, dependendo da maneira como a pessoa tenta pegá-lo, obviamente, ele usará o seu instinto de defesa, provando que não é lá nada bobo. Portanto, posso garantir que de bravo ele não tem nada e sim é muito do esperto. Lamento este incidente, mas posso lhe garantir que isto foi algo inusitado. Da próxima vez que se aproximar de qualquer animal, não precisa nem perguntar ao dono se o dito cujo é bravo ou não, simplesmente procure não invadir de maneira súbita o seu espaço, mesmo tentando fazer algum carinho inadequado.
Joboscan de Araújo