MULHER E VOLANTE
Esta crônica será batizada pelas mulheres como sendo descarada e simplesmente uma apologia ao machismo. Não é! Posso afirmar que não o é.
Embora eu queira dizer - e provar - que mulher não combina com volante, posso afirmar que não sou machista. Nem um pouquinho.
Para iniciar minha argumentação, os senhores e as senhoras tem que concordar comigo que a grande maioria das mulheres confessa suas dificuldades com o volante. Se estiverem andando em linha reta, sem precisar trocar marcha, tudo bem. Se, contudo, falar em estacionar numa única vaga, trocar pneu, etc. etc. a maciça maioria é ré confessa.
Evidente que tem exceções. Claro que tem. Existem moças e senhoras muito hábeis ao volante. Vejam, contudo, que estamos falando em exceções. E toda regra tem exceção. Dizem até que a regra que não tem exceção, porque ela por si só já é uma exceção. Então, dentro dos meus argumentos, exceção não vale. Vale a regra e pronto.
Certamente alguém (provavelmente uma mulher) está pensando com seus botões que estou exagerando, quando digo que mulher hábil no volante é exceção. Tudo bem. Para não desagradar essa (ou essas) mulher, vamos considerar que bastante delas são ótimas motoristas.
Concordando que, digamos, 40% das mulheres dirigem bem. Estou exagerando, eu sei, mas somente para agradá-las, principalmente a minha, que dirige muito mal, mas não admite e eu sempre acabo concordando com ela, para não correr o risco da represália.
Mesmo assim, convenhamos que vivemos num estado democrático, onde a maioria vence. A maioria manda e pronto. Podemos mudar o percentual de 40 para 49% e posso continuar afirmando que mulheres que tem intimidade com o volante é apenas a minoria. Claro, 49%, democraticamente falando, é uma minoria.
Acho que agora os argumentos estão fundamentados o suficiente para que as senhoras e senhoritas admitam, de uma vez por todas, que mulher não combina com volante. Se não foi suficiente, vou contar um fato ocorrido de fato e contado por uma mulher sobre a sua amiga, que estava presente no relato e com o que concordou e riu junto com todos que escutavam a história.
Contava ela, que como amiga e fiel escudeira da Tere (vou omitir o nome completo para não entregar a Comadre – nem vou dizer que mora em Ponta Grossa, Pr e que cozinha muito bem, que é esposa do Ciro, caçador e pescador dos bons), sempre a acompanhava nos passeios pela cidade, nas compras, nas visitas, etc. na velha Variant. Que sempre chegava ao destino com o coração na mão, mas segurava firme, até porque tinha que segurar a amizade.
Contou as mais diversas travessuras e aventuras da Tere ao volante, mas todas muito comuns às mulheres enquanto motoristas. Desde a vez que não conseguiu fazer uma curva e derrubou uns 30 moirões; contou do dia em que a Variant ficou sem freio (pelo menos foi a alegação) numa ladeira e foram parar no topo de uma árvore.
Sem falar de quando foram visitar uma Comadre a cerca de 50 Km e durante todo o percurso a Tere seguia atrás de um caminhão que transportava porcos, com medo de ultrapassar. E ainda perguntava: você não tá com pressa, né? Não, não. Assim devagar eu vou apreciando a paisagem.
Mas uma dessas aventuras foi demais.
Certa vez, a Tere resolveu se aventurar numa pequena viagem até a cidade próxima, para visitar parentes. A contadora, como boa parceira, estava junto. E pegaram a estrada. Tudo ia bem, sem maiores problemas, até que a certa altura da estrada, tinha uma ponte estreita, onde passava somente um carro. A Tere tremia igual vara verde. Parou o carro na entrada a ponte.
Rezou calada um Pai Nosso, fez o sinal da cruz, engatou “arranhando” uma primeira e entrou na ponte. Ela tensa ao lado, de olho e coração nas negras águas do rio, imaginando a profundidade, se tinha jacaré, etc. Também rezava e pedia a Deus perdão por todos os pecados, por precaução. Nem se atrevia a olhar para a motorista, para não lhe tirar a atenção. Lembrava que a pior coisa para um motorista é o carona ficar dando palpite. Então ela não dava palpite e nem ao menos a olhava.
Quando estavam chegando na margem, faltando poucos metros para acabar a ponte, o coração já desacelerando, a pressão arterial voltando ao normal, a Tere indaga:
- Me diga, me diga...
- Dizer o que Tere?
- Falta muito para acabar a ponte?
Foi quando ela olhou para o lado e só então notou que a Tere tinha atravessado toda a ponte com os olhos fechados.
Então? Tenho ou não tenho razão?
Ou vão querer me dizer que a Tere é exceção?
Esta crônica será batizada pelas mulheres como sendo descarada e simplesmente uma apologia ao machismo. Não é! Posso afirmar que não o é.
Embora eu queira dizer - e provar - que mulher não combina com volante, posso afirmar que não sou machista. Nem um pouquinho.
Para iniciar minha argumentação, os senhores e as senhoras tem que concordar comigo que a grande maioria das mulheres confessa suas dificuldades com o volante. Se estiverem andando em linha reta, sem precisar trocar marcha, tudo bem. Se, contudo, falar em estacionar numa única vaga, trocar pneu, etc. etc. a maciça maioria é ré confessa.
Evidente que tem exceções. Claro que tem. Existem moças e senhoras muito hábeis ao volante. Vejam, contudo, que estamos falando em exceções. E toda regra tem exceção. Dizem até que a regra que não tem exceção, porque ela por si só já é uma exceção. Então, dentro dos meus argumentos, exceção não vale. Vale a regra e pronto.
Certamente alguém (provavelmente uma mulher) está pensando com seus botões que estou exagerando, quando digo que mulher hábil no volante é exceção. Tudo bem. Para não desagradar essa (ou essas) mulher, vamos considerar que bastante delas são ótimas motoristas.
Concordando que, digamos, 40% das mulheres dirigem bem. Estou exagerando, eu sei, mas somente para agradá-las, principalmente a minha, que dirige muito mal, mas não admite e eu sempre acabo concordando com ela, para não correr o risco da represália.
Mesmo assim, convenhamos que vivemos num estado democrático, onde a maioria vence. A maioria manda e pronto. Podemos mudar o percentual de 40 para 49% e posso continuar afirmando que mulheres que tem intimidade com o volante é apenas a minoria. Claro, 49%, democraticamente falando, é uma minoria.
Acho que agora os argumentos estão fundamentados o suficiente para que as senhoras e senhoritas admitam, de uma vez por todas, que mulher não combina com volante. Se não foi suficiente, vou contar um fato ocorrido de fato e contado por uma mulher sobre a sua amiga, que estava presente no relato e com o que concordou e riu junto com todos que escutavam a história.
Contava ela, que como amiga e fiel escudeira da Tere (vou omitir o nome completo para não entregar a Comadre – nem vou dizer que mora em Ponta Grossa, Pr e que cozinha muito bem, que é esposa do Ciro, caçador e pescador dos bons), sempre a acompanhava nos passeios pela cidade, nas compras, nas visitas, etc. na velha Variant. Que sempre chegava ao destino com o coração na mão, mas segurava firme, até porque tinha que segurar a amizade.
Contou as mais diversas travessuras e aventuras da Tere ao volante, mas todas muito comuns às mulheres enquanto motoristas. Desde a vez que não conseguiu fazer uma curva e derrubou uns 30 moirões; contou do dia em que a Variant ficou sem freio (pelo menos foi a alegação) numa ladeira e foram parar no topo de uma árvore.
Sem falar de quando foram visitar uma Comadre a cerca de 50 Km e durante todo o percurso a Tere seguia atrás de um caminhão que transportava porcos, com medo de ultrapassar. E ainda perguntava: você não tá com pressa, né? Não, não. Assim devagar eu vou apreciando a paisagem.
Mas uma dessas aventuras foi demais.
Certa vez, a Tere resolveu se aventurar numa pequena viagem até a cidade próxima, para visitar parentes. A contadora, como boa parceira, estava junto. E pegaram a estrada. Tudo ia bem, sem maiores problemas, até que a certa altura da estrada, tinha uma ponte estreita, onde passava somente um carro. A Tere tremia igual vara verde. Parou o carro na entrada a ponte.
Rezou calada um Pai Nosso, fez o sinal da cruz, engatou “arranhando” uma primeira e entrou na ponte. Ela tensa ao lado, de olho e coração nas negras águas do rio, imaginando a profundidade, se tinha jacaré, etc. Também rezava e pedia a Deus perdão por todos os pecados, por precaução. Nem se atrevia a olhar para a motorista, para não lhe tirar a atenção. Lembrava que a pior coisa para um motorista é o carona ficar dando palpite. Então ela não dava palpite e nem ao menos a olhava.
Quando estavam chegando na margem, faltando poucos metros para acabar a ponte, o coração já desacelerando, a pressão arterial voltando ao normal, a Tere indaga:
- Me diga, me diga...
- Dizer o que Tere?
- Falta muito para acabar a ponte?
Foi quando ela olhou para o lado e só então notou que a Tere tinha atravessado toda a ponte com os olhos fechados.
Então? Tenho ou não tenho razão?
Ou vão querer me dizer que a Tere é exceção?