Parábola do bom ateu

E Jesus contou a seguinte parábola: Um jovem havia acabado de concluir o Ensino Médio e estava precisando de um emprego para ajudar em casa e quem sabe conseguir pagar uma faculdade. Ele sabia que não poderia escolher muito e que as suas habilidades pessoais dificilmente seria levadas em conta neste primeiro emprego. A primeira oportunidade que lhe apareceu foi como panfleteiro de uma autoescola. Foi contratado sem carteira assinada e passou a ficar oito horas por dia em pé, debaixo do sol, distribuindo os folhetos de sua empresa para os pedestres de uma das ruas mais movimentadas da cidade. E aconteceu de estar descendo aquela rua, a caminho da igreja, uma senhora bastante religiosa, conhecida por nunca faltar a uma missa e que na ocasião ainda estava em jejum pela Semana Santa. Quando viu o jovem panfleteiro, fez uma cara de desprezo e passou para o outro lado, porque não interessava a ela o conteúdo daquele panfleto, e além do mais ela estava atrasada e não podia perder tempo pegando toda bobagem que entregam na rua. E assim também um evangélico, com intensa vida ministerial, quando chegou ao lugar em que estava o panfleteiro, fez como se não tivesse visto e passou adiante, porque ele sabia que o destino daquele folheto seria mesmo a lata de lixo, e portanto não valeria a pena pegá-lo, por mais que isso viesse a beneficiar o jovem panfleteiro. Mas um ateu, daqueles convictos, estando de passagem, chegou onde se encontrava o panfleteiro e, quando o viu, teve piedade dele, porque poucos aceitavam os folhetos que estendia e a maioria sequer lhe dava atenção. Aproximou-se e, antes que lhe fosse oferecido, pediu um panfleto. Sorriu, disse ainda uma palavra de agradecimento e continuou caminhando, dando uma olhada no panfleto e em seguida o jogando numa cesta de lixo. E perguntou Jesus: qual dos três foi o próximo do jovem panfleteiro?. Aquele que teve misericórdia dele, responderam. E Jesus então lhes disse: vão e façam o mesmo.

Henrique Fendrich
Enviado por Henrique Fendrich em 16/04/2014
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