A ORAÇÃO.

A oração é pessoal, segredada, egoísta, altruísta, remissiva, doadora, recebedora, redentora, penitente, credora ou devedora, projetada, circunscrita, dispersa, concentrada, aclamadora, indulgente e principalmente deísta ou teísta. Não alcança ritos quando é simples, não se inibe em dizer, voz alta proclamando no que crê. Não pertence senão ao que reza. Ninguém deve julgar o que é ou não de Deus, pois ninguém O conhece. A ponte da fé não permite a afirmação do que se desconhece, pois é personalista e intimista. Nem o evolucionismo provou a inexistência de Deus, pois não sabe como surgiu a vida, nem o criacionismo sua existência já que passeia da transcendência ao imaginário. A fé é de cada um ao seu modo e nada nem ninguém deve ter a ousadia de criticá-la, quando muito considerar pontos que edificam fazendo-o com respeito. A espiritualidade é de todos. O que é de Deus ? Só a presunção dos ascetas da verdade exclusiva pretende possuir ou determinar, pois nem Cristo definiu a Pôncio Pilatos quando perguntado o que era a verdade, dizendo que veio fazer justiça. E a justiça não ousa julgar orações por não julgar o que desconhece, mas só o que lhe é ofertado com igualdade de partes.

O QUE QUERES QUE TE FAÇA?

Que me deixe rezar em paz, com meus pecados e virtudes que só eu conheço por só eu ter caminhado meu caminho.

Celso Panza
Enviado por Celso Panza em 15/04/2014
Reeditado em 15/04/2014
Código do texto: T4769591
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