INVEJA MALDITA.

A inveja é maldita. Sua maldição está na origem. É como na ciência do direito, para fazer cumprir a obrigação acertada no convívio através da lei ou dos contratos necessitamos avaliar como elas nascem.

A inveja por nascer maldita carrega a própria pena. A pena se desenvolve e circula na falta da obrigação de ser existencialmente pessoa, como alguém que presta e desenvolve bons valores, e desfigura o invejoso, maltrata seu interior pequeno, torna-o mais anão. E paga essa pena no dia a dia o invejoso, sem interrupção, sem solução de continuidade, já que o invejado é seu foco e o incomoda permanentemente.

A inveja é o canto do olho, a crítica segredada e perniciosa, o desejo que caia sobre o invejado o que não é o invejoso e gostaria de ser. É a pena pontual, medida, homeopática, que desgasta e faz sofrer o invejoso, na amplitude do sabor amargo, féleo, que desestrutura as entranhas da inveja maldita e mata aos poucos, colada que está na existência desse baixo e falacioso caráter, que nada mais tem a dar do que espreitar o sucesso, a vitória e a felicidade de quem por vezes é seu amigo.

E essa maldição vive sob véus, vai penando a apenação dos malditos, rigorosa e severa por se distanciar da verdade e assim não poder usufruir a maior das virtudes, ser franco e sincero.

Ninguém que vive de sombras consegue ser feliz. Ainda que relativa a felicidade ela não caminha sob a mentira, nunca. A felicidade do invejado nunca será alcançada pela maldição que se abate sobre os malditos invejosos. E o vocábulo fala por si, “mal dito”.

Caim carregou a pena da inveja, viveria muito para expiar pela lente humana seu execrável pecado, do “caput”, da cabeça o maior. Foi a sentença que consta do antigo testamento.

Estamos nos dias da maior inveja que se projetou no mundo, quando se celebra a redenção e a glória do invejado que se dizia Filho de Deus, Cristo, o Ungido, o Rei. A inveja daqueles que politicamente lutaram diante dos romanos pelo suplício de quem espargia e ensinava amor, exclusivamente amor, paga a pena de não encontrar a “terra prometida” pelo Pai, Deus, Pai de Cristo, recusado e negado como Filho de Deus, a "nova aliança", pela inveja de quem ficou sobrepujado até mesmo em retórica pelo maior rabino da época, Paulo de Tarso, que após se curvar diante de Estevão, intelectualmente, o matou, e depois, coincidentemente configurou o mais fervoroso fiel a Cristo, a ponto de edificar culturalmente a Igreja de Cristo após a revelação e o chamamento.

A pena para os invejosos é a ausência de paz e isto podemos testemunhar historicamente por esse claro exemplo que está em todos os jornais sempre.

Celso Panza
Enviado por Celso Panza em 14/04/2014
Reeditado em 14/04/2014
Código do texto: T4768543
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