FUTEBOL, ARTE, CULTURA
Gosto de futebol. Aprecio demais o futebol.
Não sou, contudo, arrematado pela paixão clubística. No máximo sou um inveterado bairrista e admiro e torço comedidamente por jogadores que praticam a arte de jogar futebol com elegância e inteligência.
Dentro desse bairrismo, sou Marcilista (Marcílio Dias de Itajai-Sc), pois, lá me criei. Depois, torço pelo JEC, que foi fundado quando morava em Joinville. Se tivesse um time de futebol em Rio do Sul, onde resido atualmente, estaria torcendo por ele em qualquer competição que participasse.
Torço por todos os times de SC em competições nacionais. Por todos os times brasileiros em competições internacionais e assim vou cultuando meu bairrismo.
Em partidas onde meu bairrismo não tem razão de ser, normalmente torço pelo time que tenha um futebol mais elegante (o famoso futebol arte) e bem por isso jamais torço pelos times Gaúchos, pois, entendo que lá se pratica o futebol força (com raras exceções), futebol bruto e a forma pedante dos Gaúchos torcerem não me agrada. Só torço pelos times Gaúchos, em competições internacionais, quando o meu bairrismo fala muito mais alto e se sobrepõe a essa minha antipatia.
Tento entender a paixão desmedida demonstrada por tanta gente. Comparo as minhas paixões por outras coisas e mesmo assim minha capacidade empática não consegue nem supor as motivações que levam tanta gente a torcer por times principalmente do eixo Rio/São Paulo.
Entendo menos ainda a violência que se pratica nos campos de futebol e mesmo fora dele, em função dessa paixão descabida, capaz de induzir pessoas a agredir, depredar, expor-se a bestialidade, exibindo um lado animalesco absolutamente descabido numa atividade de lazer.
A única explicação que tenho para essa paixão desenfreada, incontida, que se transforma em violência, em atos de vandalismo, que tanto assistimos, é de que tais pessoas unicamente se aproveitam da multidão, para exteriorizar a violência que normalmente não pode manifestar em outros locais.
Essa violência normalmente é praticada por homens fortões, grandalhões, que tem na supremacia física o seu diferencial, já que, intelectualmente, devem se sentir frustrados, menosprezados, fragilizados. E assim simulam paixão inexistente, porquanto é inexplicável, para extravasar seus recalques. Só pode ser isso. Não vejo outra explicação inteligentemente plausível.
Gosto de assistir uma partida de futebol, com o mesmo prazer que me encanta assistir uma orquestra sinfônica, uma boa banda, uma apresentação cultural qualquer.
Gosto de futebol como a prática artística de pessoas fisicamente habilidosas que cultuam o corpo com dedicação e que exige a harmonia e a sintonia de tantas outras atividades de grupo, de equipe.
Gosto de futebol. Aprecio demais o futebol.
Não sou, contudo, arrematado pela paixão clubística. No máximo sou um inveterado bairrista e admiro e torço comedidamente por jogadores que praticam a arte de jogar futebol com elegância e inteligência.
Dentro desse bairrismo, sou Marcilista (Marcílio Dias de Itajai-Sc), pois, lá me criei. Depois, torço pelo JEC, que foi fundado quando morava em Joinville. Se tivesse um time de futebol em Rio do Sul, onde resido atualmente, estaria torcendo por ele em qualquer competição que participasse.
Torço por todos os times de SC em competições nacionais. Por todos os times brasileiros em competições internacionais e assim vou cultuando meu bairrismo.
Em partidas onde meu bairrismo não tem razão de ser, normalmente torço pelo time que tenha um futebol mais elegante (o famoso futebol arte) e bem por isso jamais torço pelos times Gaúchos, pois, entendo que lá se pratica o futebol força (com raras exceções), futebol bruto e a forma pedante dos Gaúchos torcerem não me agrada. Só torço pelos times Gaúchos, em competições internacionais, quando o meu bairrismo fala muito mais alto e se sobrepõe a essa minha antipatia.
Tento entender a paixão desmedida demonstrada por tanta gente. Comparo as minhas paixões por outras coisas e mesmo assim minha capacidade empática não consegue nem supor as motivações que levam tanta gente a torcer por times principalmente do eixo Rio/São Paulo.
Entendo menos ainda a violência que se pratica nos campos de futebol e mesmo fora dele, em função dessa paixão descabida, capaz de induzir pessoas a agredir, depredar, expor-se a bestialidade, exibindo um lado animalesco absolutamente descabido numa atividade de lazer.
A única explicação que tenho para essa paixão desenfreada, incontida, que se transforma em violência, em atos de vandalismo, que tanto assistimos, é de que tais pessoas unicamente se aproveitam da multidão, para exteriorizar a violência que normalmente não pode manifestar em outros locais.
Essa violência normalmente é praticada por homens fortões, grandalhões, que tem na supremacia física o seu diferencial, já que, intelectualmente, devem se sentir frustrados, menosprezados, fragilizados. E assim simulam paixão inexistente, porquanto é inexplicável, para extravasar seus recalques. Só pode ser isso. Não vejo outra explicação inteligentemente plausível.
Gosto de assistir uma partida de futebol, com o mesmo prazer que me encanta assistir uma orquestra sinfônica, uma boa banda, uma apresentação cultural qualquer.
Gosto de futebol como a prática artística de pessoas fisicamente habilidosas que cultuam o corpo com dedicação e que exige a harmonia e a sintonia de tantas outras atividades de grupo, de equipe.