(des) encontro
Hoje eu me assustei, por duas vezes.
Vi você e não senti nada, como consegui isso?
Aquela manhã ensolarada, o sol batia forte em meu rosto.
Eu na companhia de um amiga, e você com um também.
De longe eu vi você.
Calças folgadas, óculos escuros, conversa ao vento.
Chegando em nosso destino,
o calor me tomas,
não fala comigo,
também não me vêm a vontade de falar.
Enquanto arrumo meu lugar,
aquele em que sorriu, me realizo e também aprendo/ensino;
você toca suave no piano: primavera.
Lá da minha sala escuto-o e penso:
(Não me tens mais ao teu lado em nenhum momento.
Será que segues me amando?
Você tentou demonstrar, e meu erro foi demonstrar demais,
Éramos amigos, nos encontramos e nos compreendíamos.
É bom logo se acostumar pois, raramente brilhará
uma luz no meu olhar para aquecer o teu coração.
Só nos restou o impossível.)
Passou-se aquele tempo...
Chegou a hora de ir.
Você foi para um lado e eu para outro.
De manhã e à noite foi assim.
O nosso atual desencontro casual e dominical.
Depois, fotos aleatórias nossas, obviamente separados; mostram um sorriso.
são reais?
falsos?
opacos?
ludibriados?
momentâneos?
O que realmente acontece quando chegamos em casa e vamos para o nosso quarto?...
"O Cara estranho" ou a "Morena"
Arrancam algum sorriso ali?
Silêncio.