NEM TUDO NA INTERNET É VERDADE...
Hoje com o mundo globalizado, interligado tanto por uma imensa rede de alcance mundial (a World Wide Web ou a nova internet, por meio da qual podemos passear / navegar, tendo links como pontes, indo, livremente, de uma página a outra desse campo do conhecimento) quanto por aparelhos portáteis que simplificam e colocam o cidadão a par de tudo em tempo real, fica difícil de, por exemplo, ocorrer alguma coisa na cidade dele, ou no mundo inteiro, que o mesmo não fique sabendo imediatamente.
Podemos citar os casos mais recentes de alertas sobre tsunamis nas costas do Chile e do Japão e, um pouco mais atrás, nas Filipinas. Ou seja, as populações desses países foram informadas, com muita antecedência, através dos meios de comunicação de massa (rádio, TV e, principalmente, por dispositivos móveis como aparelhos de celulares, smartphones, tablets, ipads, etc.), da possibilidade de uma tragédia, tendo, portanto, tempo para se prevenirem e evitá-la, se fosse o caso.
Ou seja, a tecnologia digital, interligada, em tempo real, é uma ferramenta eficaz na prevenção de acidentes das forças da natureza (do tempo que ela ocorre ao tempo de evacuação e, é claro, se ela for detectável) e uma arma imprescindível no combate ao crime organizado (através de câmeras on-line) e, especialmente, para acabar com a saudade de parentes, aderentes e amores, quando eles estão longe de casa (a minha irmã está com o filho morando na Austrália e, todos os dias, conversa com ele pela internet – em casa e na rua – e o vê através da famosa webcam de seus aparelhos).
A velocidade da informação é tão precisa em relação ao fato que, no 11 de setembro, foi possível assistir, poucos segundos depois do ocorrido, o segundo avião se chocando contra uma das torres gêmeas do World Trade Center de Nova Yorque – USA (infelizmente, uma tragédia insana de fundamentalistas e terroristas islâmicos).
Desta forma, a maioria dos cidadãos tem acesso ao computador e ao celular (para citar apenas esses dois) e está a par de tudo. Devido a essa velocidade com que a informação é dada, parece que as notícias, quando você assiste ao Jornal Nacional, por exemplo, são notícias de uma semana atrás. É claro que, se a informação merece urgência, o próprio meio de comunicação trata de avisar ao seu telespectador, prontamente, por meio dos seus informativos de plantões.
Assim, quem viaja de sua cidade para qualquer outro lugar não deixa de levar o seu aparelho e, diferentemente de pouco tempo atrás (quando era preciso esperar uma torre para poder mandar notícias através de uma ligação), hoje é você dentro do automóvel e, por onde passa, manda um “ZapZap” (WhatsApp). É um festival de fotos e mensagens.
Tem gente que tira foto de carro andando na frente do que ele vai, tira fotos de urubus e carcarás, serras, picos e até de calangos em beira de estrada. Isso sem falar nos famosos “selfies”, que hoje é uma coqueluche entre anônimos e celebridades.
É claro que nem tudo é aproveitável na velocidade globalizada do mundo atual, mas também não deixa de ser uma forma de quem ficou em casa estar sabendo, em tempo próximo ao real, sobre o que está se passando com a pessoa que está em viagem e não precisar esperar quatro, cinco e até seis horas por noticias de seus parentes.
Pois bem, munidas dessa parafernália toda é que duas amigas minhas viajaram para a capital esta semana. Foram participar de uma formação, como coordenadoras do programa PNAIC, e lá, no primeiro dia, uma delas ouviu de uma professora vizinha, que tinha recebido uma mensagem de texto, dizendo que estava para acontecer uma grande tormenta naquela cidade e que a população se preparasse para o pior, pois era provável que um tsunami invadisse a cidade. Imediatamente, a prevenida formadora repassou a informação para sua amiga e uma delas, prevenida até demais, chamou a outra para comprar “boias” lá no Shopping Via Direta para, em caso de enchente, pelos menos elas saíram flutuando sobre as águas. Em seguida, já foi ligando para o filho mandando ele encher, até “esborrotar”, o tanque de combustível do carro dele e vir buscá-las depressa para elas saírem dali e voltarem para o interior (nenhuma tsunami – pelo menos teoricamente – percorre 280 quilômetros).
Providências tomadas, elas ainda ligaram para a “chefa” delas prevenindo-a e foram, logo depois, dar “satisfações” de suas saídas urgentes urgentíssimas para a organizadora da formação. Neste meio tempo, entre preparativos, compra de boias e rezas, uma dizia para a outra:
- Mulher, será que vai dar tempo de a gente passar do viaduto de entrada da cidade? Se a gente passar aí eu tenho fé que vamos escapar do tsunami, já que é se distanciando do mar.
- Vai dar tempo. Tenha fé! Quando chegar ao apartamento do meu filho, a gente já enche as boias e amarra em cima do carro. Se a onda vier, a gente sobe, desamarra as boias e se agarra a elas. Mulher, boia não afunda e nós vamos escapar.
- Eu só fico com pena, se a gente não escapar, disse a primeira. É que eu não vou conhecer o meu netinho que ainda está para nascer. Você, pelo menos, já conhece a sua netinha.
Estavam as duas nesse trololó de hipóteses, vamos ou não vamos, Deus nos acuda e et cetera e tal, quando a organizadora do evento acalmou-as dizendo que tudo não passava de um boato e que nada daquilo ia acontecer. O restante da plateia, que também já estava “tomando” suas providências, finalmente voltou ao normal e, com isso, reiniciou-se a formação.
Bem, o problema de gente mal intencionada é que, parece, atrai desgraça. Só foi tudo se acalmar e começou a cair um temporal daqueles. Raios, trovões, rajadas de ventos fortíssimos, árvores caindo, queda de energia... um caos. Neste ínterim, uma olhava para a outra, enquanto rezavam e diziam:
- Pobre do motorista! Está lá na Casa do Professor, um "canto baixo” e vai morrer afogado...
Quando a tarde caiu e o dia de formação terminou, as ruas estavam alagadas, porém nada de tsunami e nada de morrer afogado quem estava na "parte mais baixa” da cidade. Mas, por via das dúvidas, uma delas, quando foi dormir, pediu ao filho para encher a boia e dormiu dentro dela. Dizem que o problema foi sair do apartamento no outro dia de manhã, já que ela não sabia onde era o “pito” para poder esvaziar a dita cuja, pois o filho já tinha ido para a faculdade...
Imagens da Web
Hoje com o mundo globalizado, interligado tanto por uma imensa rede de alcance mundial (a World Wide Web ou a nova internet, por meio da qual podemos passear / navegar, tendo links como pontes, indo, livremente, de uma página a outra desse campo do conhecimento) quanto por aparelhos portáteis que simplificam e colocam o cidadão a par de tudo em tempo real, fica difícil de, por exemplo, ocorrer alguma coisa na cidade dele, ou no mundo inteiro, que o mesmo não fique sabendo imediatamente.
Podemos citar os casos mais recentes de alertas sobre tsunamis nas costas do Chile e do Japão e, um pouco mais atrás, nas Filipinas. Ou seja, as populações desses países foram informadas, com muita antecedência, através dos meios de comunicação de massa (rádio, TV e, principalmente, por dispositivos móveis como aparelhos de celulares, smartphones, tablets, ipads, etc.), da possibilidade de uma tragédia, tendo, portanto, tempo para se prevenirem e evitá-la, se fosse o caso.
Ou seja, a tecnologia digital, interligada, em tempo real, é uma ferramenta eficaz na prevenção de acidentes das forças da natureza (do tempo que ela ocorre ao tempo de evacuação e, é claro, se ela for detectável) e uma arma imprescindível no combate ao crime organizado (através de câmeras on-line) e, especialmente, para acabar com a saudade de parentes, aderentes e amores, quando eles estão longe de casa (a minha irmã está com o filho morando na Austrália e, todos os dias, conversa com ele pela internet – em casa e na rua – e o vê através da famosa webcam de seus aparelhos).
A velocidade da informação é tão precisa em relação ao fato que, no 11 de setembro, foi possível assistir, poucos segundos depois do ocorrido, o segundo avião se chocando contra uma das torres gêmeas do World Trade Center de Nova Yorque – USA (infelizmente, uma tragédia insana de fundamentalistas e terroristas islâmicos).
Desta forma, a maioria dos cidadãos tem acesso ao computador e ao celular (para citar apenas esses dois) e está a par de tudo. Devido a essa velocidade com que a informação é dada, parece que as notícias, quando você assiste ao Jornal Nacional, por exemplo, são notícias de uma semana atrás. É claro que, se a informação merece urgência, o próprio meio de comunicação trata de avisar ao seu telespectador, prontamente, por meio dos seus informativos de plantões.
Assim, quem viaja de sua cidade para qualquer outro lugar não deixa de levar o seu aparelho e, diferentemente de pouco tempo atrás (quando era preciso esperar uma torre para poder mandar notícias através de uma ligação), hoje é você dentro do automóvel e, por onde passa, manda um “ZapZap” (WhatsApp). É um festival de fotos e mensagens.
Tem gente que tira foto de carro andando na frente do que ele vai, tira fotos de urubus e carcarás, serras, picos e até de calangos em beira de estrada. Isso sem falar nos famosos “selfies”, que hoje é uma coqueluche entre anônimos e celebridades.
É claro que nem tudo é aproveitável na velocidade globalizada do mundo atual, mas também não deixa de ser uma forma de quem ficou em casa estar sabendo, em tempo próximo ao real, sobre o que está se passando com a pessoa que está em viagem e não precisar esperar quatro, cinco e até seis horas por noticias de seus parentes.
Pois bem, munidas dessa parafernália toda é que duas amigas minhas viajaram para a capital esta semana. Foram participar de uma formação, como coordenadoras do programa PNAIC, e lá, no primeiro dia, uma delas ouviu de uma professora vizinha, que tinha recebido uma mensagem de texto, dizendo que estava para acontecer uma grande tormenta naquela cidade e que a população se preparasse para o pior, pois era provável que um tsunami invadisse a cidade. Imediatamente, a prevenida formadora repassou a informação para sua amiga e uma delas, prevenida até demais, chamou a outra para comprar “boias” lá no Shopping Via Direta para, em caso de enchente, pelos menos elas saíram flutuando sobre as águas. Em seguida, já foi ligando para o filho mandando ele encher, até “esborrotar”, o tanque de combustível do carro dele e vir buscá-las depressa para elas saírem dali e voltarem para o interior (nenhuma tsunami – pelo menos teoricamente – percorre 280 quilômetros).
Providências tomadas, elas ainda ligaram para a “chefa” delas prevenindo-a e foram, logo depois, dar “satisfações” de suas saídas urgentes urgentíssimas para a organizadora da formação. Neste meio tempo, entre preparativos, compra de boias e rezas, uma dizia para a outra:
- Mulher, será que vai dar tempo de a gente passar do viaduto de entrada da cidade? Se a gente passar aí eu tenho fé que vamos escapar do tsunami, já que é se distanciando do mar.
- Vai dar tempo. Tenha fé! Quando chegar ao apartamento do meu filho, a gente já enche as boias e amarra em cima do carro. Se a onda vier, a gente sobe, desamarra as boias e se agarra a elas. Mulher, boia não afunda e nós vamos escapar.
- Eu só fico com pena, se a gente não escapar, disse a primeira. É que eu não vou conhecer o meu netinho que ainda está para nascer. Você, pelo menos, já conhece a sua netinha.
Estavam as duas nesse trololó de hipóteses, vamos ou não vamos, Deus nos acuda e et cetera e tal, quando a organizadora do evento acalmou-as dizendo que tudo não passava de um boato e que nada daquilo ia acontecer. O restante da plateia, que também já estava “tomando” suas providências, finalmente voltou ao normal e, com isso, reiniciou-se a formação.
Bem, o problema de gente mal intencionada é que, parece, atrai desgraça. Só foi tudo se acalmar e começou a cair um temporal daqueles. Raios, trovões, rajadas de ventos fortíssimos, árvores caindo, queda de energia... um caos. Neste ínterim, uma olhava para a outra, enquanto rezavam e diziam:
- Pobre do motorista! Está lá na Casa do Professor, um "canto baixo” e vai morrer afogado...
Quando a tarde caiu e o dia de formação terminou, as ruas estavam alagadas, porém nada de tsunami e nada de morrer afogado quem estava na "parte mais baixa” da cidade. Mas, por via das dúvidas, uma delas, quando foi dormir, pediu ao filho para encher a boia e dormiu dentro dela. Dizem que o problema foi sair do apartamento no outro dia de manhã, já que ela não sabia onde era o “pito” para poder esvaziar a dita cuja, pois o filho já tinha ido para a faculdade...
Imagens da Web