Um texto Louco que Surgiu-me ao Ler Este
Pensamento de Helena Blavatsky

 



"Os maus pensamentos são menos prejudiciais que os pensamentos medíocres. Porque contra os maus pensamentos estais sempre em alerta, e estando determinados a combatê-los e vencê-los, essa determinação vos auxilia a desenvolver a força de vontade. Os pensamentos medíocres, ao contrário, servem simplesmente para distrair a atenção e desperdiçar a energia."



Helena Blavatsky  (1831-1891) era russa de origem , naturalizada norte-americana. Fundou a Sociedade Teosófica. Foi considerada a mulher mais erudita de todos os tempos do século XX, e a maior mística , chamada "Mãe da Nova Era."




Meditando sobre o sentido desta frase de Helena Blavatsky, perguntei-me o que ela considerava como pensamento medíocre. Medíocre significa , segundo o dicionário: O que está entre o grande e o pequeno, o bom e o mau. Falta de originalidade, característica do que é comum, mediano; algo ou alguém que não tem grande capacidade para realizar algo, sem talento, e que está abaixo da média. ( dicionário online de português).

Acho que a grande maioria das pessoas - eu incluída - é medíocre, pois caminhamos todos entre o grande e o pequeno, o bem e o mal, e jamais chegamos a realizar grandes obras que possam chamar a atenção ao ponto de constar no Livro do Futuro. "Algo ou alguém que está abaixo da média..." Que média é esta? Quem a determinou?

Mas também sei que a definição do que não é medíocre também foi feita pelos homens, segundo padrões por nós mesmos estabelecidos. Ou seja: quem define o que é ou não medíocre?

Quantas pessoas entraram para a história através de feitos considerados importantes na época em que viveram, mas que hoje os incluem no Livro dos Malditos (Hittler, Stalin, Mussolini, entre outros)? Escreveram seus nomes na história mundial, mas de maneira torpe, e hoje são lembrados pelas coisas ruins que fizeram. E o ser humano jamais perdoa quem cai ou erra!

Poucos humanos podem ser considerados como avatares ou seres que trouxeram mudanças ou importantes mensagens ao mundo. E estes, acredito eu, vieram em missão. 

Bem, o detalhe, é que acredito que todo mundo aqui presente ou que já tenha pisado neste planeta, também veio em missão - embora seja praticamente impossível cada um de nós saber, de antemão, qual é a nossa missão. O problema é que quase ninguém quer ser esquecido; no fundo da alma, quase todo mundo quer deixar alguma coisa para a posteridade, mas para mim, a posteridade que pregam é sinônimo de morte. Um retrato na parede. Um nome num livro. Mas nem este nome ou este retrato trarão ao observador a certeza da real essência daquele que não está mais presente, pois muitos escrevem e pouco expressam sobre o que realmente pensam, ou agem de acordo com o que pregam.

De que adianta ser lembrado após a morte? Acho o cúmulo da vaidade desejar algo assim... não estarei aqui para saber se o que fiz terá sido digno de menção -honrosa ou desonrosa - e de que vale toda a honra do mundo? Ou toda a desonra do mundo?

Quem sabe, Hittler, Stalin, Mussolini e outros também tenham vindo em missão? E quem poderá afirmar, com certeza, que eles falharam? Afinal de contas, do quê realmente sabemos?

Sendo assim, volto à estaca zero: o que é um pensamento medíocre, e o que é uma pessoa medíocre?  Acho que a pessoa mais medíocre é aquela que passa a vida toda apontando para os outros e denominando-os medíocres. Porque este não tem nada mais interessante a fazer. Eu mesma já fui medíocre e agi como medíocre muitas vezes em minha vida. E a maioria das pessoas que condenam quem age assim, nem percebem que estão agindo do mesmo modo: estabelecendo padrões (ou seguindo padrões estabelecidos) sobre o certo/errado, bonito/feio, medíocre/importante.

Medíocre ou não, aprendi que conselhos são bons quando alguém os pede, e mesmo assim, isto não é uma regra; e que cada um tem seu tempo e sua hora certa para flutuar da mediocridade do mundo para a sua importância espiritual - que ao mundo, é a coisa mais medíocre de todas. Que cada um seja como sabe e pode ser. E que o espaço de cada um e o direito de cada um seja respeitado. Desisti, há alguns anos, de querer estabelecer regras aos outros, e isto me deu um alívio enorme! Mas não admito, de jeito nenhum, que alguém que sabe menos ou tão pouco quanto eu, venha estabelecer-me regras.

Prefiro dar minhas próprias cabeçadas ou escolher, eu mesma, meus líderes ou gurus. A todos, o direito de ser.



Ana Bailune
Enviado por Ana Bailune em 12/04/2014
Reeditado em 24/09/2015
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