Todos os balões vão para o céu
Paulinho, um garotinho de 3 anos muito pequeno com cabelos lisos e em forma de cuia como ele mesmo dizia, estava com o pai na praça naquela manhã de domingo. A praça estava movimentada, repleta de crianças, pipoqueiros, barraquinhas de jogos e comidas.
O pai de Paulinho via o rosto triste do filho e tentava alegra-lo comprando coisas. Mas as pipocas, o algodão doce, o cata-vento... Nada o fez sorrir. Ele apenas caminhava segurando firme na mão do pai.
Quando estavam quase indo embora algo vez o sorriso de Paulinho se abrir. Ele olhou para o pai com os olhos brilhando e logo disse.
- Olha papai... O vendedor de balões.
- Você quer um balão filho?
Paulinho fez que sim com a cabeça e saiu correndo arrastando o pai até o vendedor. Quando chegaram perto o menino já estava eufórico olhando os balões quando o vendedor lhe perguntou:
- De que cor você quer?
- Um de cada cor...
O vendedor não disse nada apenas olhou para o pai que no mesmo instante olhou para o menino que continuava a sorrir e perguntou:
- Pode papai?
- Sim... Dê um de cada cor a ele.
Agora sim o menino sorria e foi pra casa com aquele monte de balões coloridos. Entrando em casa foi logo pro quintal e o pai estranhando o silêncio foi ver o que o filho estava fazendo.
Paulinho estava sentando no último degrau da escada da porta da cozinha e soltava os balões um por um e ficava observando eles sumirem.
- O que esta fazendo filho?
- Mandando os balões pro meu irmão.
- Pro seu irmão?
- É... Você não disse que ele não vinha mais pra casa... Que do hospital ele foi pro céu?
O pai já com os olhos marejados de lágrimas concordou com a cabeça.
- Então... Estou mandando os balões pra ele brincar...