ORAÇÃO DE UM JORNALISTA/ASSISTENTE SOCIAL

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Dedico a todos os jornalistas de ontem, de hoje e de amanhã, em especial a para Suelem Louize Freitas (PJC), futura jornalista.

DEUS jurei exercer a função de jornalista assumindo o compromisso com a verdade e a informação. Jurei também atuar dentro dos princípios universais de justiça e da democracia, garantindo principalmente o direito do cidadão à informação, mas agora peço-lhe, DEUS, na altura de meus 50 e poucos anos e quase senil, que guie meus dedos para não escrever contra ninguém, alguma coisa que possa ser inverdade contra quem quer que seja porque, com o tempo, aprendi que existem sempre três verdades dentro de uma mesma notícia: a minha que escrevo, a de quem vai ler o que escrevi e a da opinião pública.

DEUS dai-me serenidade para buscar aprimoramento das relações humanas e sociais, fazendo crítica e análise da sociedade, visando um futuro mais digno e mais justo para todos os cidadãos brasileiros e não me permita destruir com meus críticos escritos qualquer vida digna, honrada e séria, mesmo que seja movido por um sentimento momentaneamente de raiva ou rancor. Que me seja permitido fazê-lo, só para criticar a censura que mudou de rosto, mas continua presente nas redações de jornais do Brasil inteiro!

DEUS, sei que não existe jornal isento, mas pode existir jornalista isento, sério e responsável e sou um dos que se enquadram nesse perfil, como muitos outros também se pautam pela ética. Não me permita DEUS jamais adotar qualquer outra postura em tudo o que fizer, escrever ou pensar.

DEUS permita-me ouvir e não me calar contra quaisquer que sejam as injustiças sociais; nunca me permita destruir a vida de pessoas honestas; mas me torne implacável contra os desonestos que se locupletam e enriquecem com o dinheiro público dos impostos, que iniciam obras públicas de grande alcance social, mas não as concluem, contra as construtoras de fundo de quintal e todos os que querem ficar ricos com o dinheiro que é de todos.

DEUS, dai-me serenidade para ver com serenidade, me indignar e escrever contra todo tipo de censura de opinião e permita-me pôr o que penso em tintas vermelhas cor de sangue se for preciso, para denunciar o que entender injusto contra quem quer que seja, sobretudo contra os necessitados de habitação, segurança pública, saneamento básico, saúde e educação.

Como jornalista, DEUS não me permita ficar indiferente às coisas que vejo como injustiça, porque não a entendo com parte integrante de meu cotidiano. Também não me permita continuar vendo escândalos, desvios de dinheiro de verbas públicas ou de obras que deveriam ser públicas, mas que nunca chegam a um fim, sem tentar entendê-las em toda sua profundidade, causas, razões e denunciar tudo o que venha a ser contra os princípios que adquiri no jornalismo.

Sou totalmente consciente que quando transformo fatos em notícia, estou fazendo e construindo um pedaço de minha história e da história de muitos outros. Diante disso, tenho que ser responsável em todas as etapas de meu trabalho profissional e peço, por fim, DEUS, que derrame luz de bênção sobre o amigo virtual Clóvis Ático Filho para que ele continue me enviando e-mails com a advertência logo abaixo de sua assinatura para não acreditar em tudo o que vou ler nas redes sociais porque nelas também circulam muitas mentiras que findam se transformando em verdades se não fosse seu cuidadoso trabalho de investigação consciente dos fatos.

Por atrás de toda aparente boa notícia veiculada em redes sociais, que parecem um furo de reportagem pode existir uma “barrigada” por trás, como se dizia no jornalismo do passado, como ensina sempre o amigo virtual Clóvis Ático Filho.

carlos da costa
Enviado por carlos da costa em 10/04/2014
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