Conversa de um Poeta com seu Criador...
Boa noite meu amado Deus! Há certo tempo lanço mão da caneta para fender a folha branca com intuito de registrar meus versos na misteriosa linha do tempo, como é de seu conhecimento – como a tudo que acontece a cada um de seus filhos... Sei que não sou um títere deslizando a esmo em seus desígnios. Pois me concedeste o que todos possuem, como voto de confiança de co-responsáveis por toda criação neste pequeno planeta – o livre arbítrio... Mas, sei que não viras a face aos meus rogos, quando tropeço e sofro tendo pressa em me atender; assim como a cada um de seus filhos que a ti recorrem, nos momentos de desespero.
Minhas fraquezas me impedem de ser melhor, como a maioria de teus filhos. Todavia, amas incodicionalmente a cada um de nós de teu jeito, e, pacientemente espera o retorno aos teus braços cada um que se afasta de sua presença; sem forçar, sem cansar; como o pai que sofre às quedas de seus rebentos em seus primeiros passos. No entanto, sabe o valor de cada uma delas para caminhada de uma vida inteira. E essa s fraquezas e distâncias me esvaziam até de mim mesmo, da sede de viver... E meus versos espelham a maioria delas, como ensinamento, como reflexão... ajudando-me, não raras as vezes, me reencontrar, e me reconhecer falível, como ser a melhorar... assim como respeitar a todos como iguais – passivos de erros, como eu – assim fica mais fácil de perdoar e, voltar a viver – pois sem o outro – não há eu, pois me reconheço como ser-parte-de um todo...
Como falava, escrevo humildemente meus versos e não tenho escrito quase nada a ti como agradecimento ao que produzo e publico...
Disseste através de Seu Filho – dos muitos exemplos que Ele nos deixou - que não devemos virar as costas aos que nos presenteiam com um ato de amor... coisa um pouco meio que esquecida nos nossos dias... Sei que escrever é um presente... é uma das coisas que reconheço como bem precioso, assim como a muito que fornece além do que preciso para viver.
Por isso, aproveito neste cantinho de um caderno pôr minhas letras, que são rabiscos de um filho grato, como testemunho desta gratidão... E rogo que abençoe a cada um que compartilho da leitura dese pequeno e singelo dízimo de meu tempo – o qual emprego à escrita. Amém.
Marcio J. de Lima - (ainda em elaboração)