SAUDADES MINHA PEQUENA

Talvez uma das coisas mais improváveis da vida seja mesmo explicar ou entender certas coisas. Por mais naturais que pareçam é pouco provável que sejam entendidas e menos provável, ainda que sejam racionalmente explicáveis.

Ontem, mesmo naquele clima lindo, que era sim de alegria e felicidade, em que rimos muito e intensamente (e botar rir nisso) nos divertimos um com o outro, ainda assim, tivemos momentos emblemáticos.

Quero me fixar neste mais especificamente porque foi marcante pra mim, depois vou referir outros.

A gente estava brincando, rindo e tudo mais, de repente meu deu uma tristeza e eu, pensando, estar sendo esperto dei as costas pra você como que dando a entender que, apenas ia ao banheiro. Mas você foi implacável. Lembra-se deste momento e da pergunta que você fez:

- Tem alguma coisa te preocupando amorzinho?

Tua sensibilidade sempre muito forte foi, mais uma vez, perfeita. Deixa-me sem palavras, ás vezes. De onde vem este poder de sentir quase tudo o que se passa comigo?

Eu, que estava com os olhos embaçados disse que não e fui rápido ao banheiro para me recompor.

Eu respondi que não tinha nada, mas estou aqui para me desculpar. Eu menti

Tinha sim. Tinha fatos que, naquele momento e em outros também me entristeciam.

Teu aniversário chegando e eu sei que não poderei no dia te dar um abraço, um beijo, um carinho. Nem poderei brindar com você.

Logo mais vem a páscoa e novamente não poderei estar com você, nem te entregar um presentinho junto o meu beijo.

Senti, também, aquela velha dúvida: Vamos nos encontra na data que prevemos?

Outros motivos, que me faziam chorar naquele instante, e são bem fortes mesmo, era lembrar o esforço que você faz pra que a gente possa se ver e, principalmente, na anterior que mesmo com problemas de saúde você esteve comigo. Sei o que você passou, tentei ser presente, mas quem teve que enfrentar foi você e, o fez sem reclamações.

Mas tem mais um talvez o mais forte. Sei das tuas preocupações com o que vem pela frente. E sei que mais uma vez, estarei ausente em momentos tão delicados e decisivos pra você. Aí eu digo que vou torcer, vou enviar energias, mas no fundo eu queria estar lado a lado, te ajudando a enfrentar. Olhas nos teus olhos e dizer: Vamos lá, vai ficar tudo bem. Se chorei lá, tentando disfarçar, agora minhas lágrimas são ainda mais intensas.

Na hora da despedida eu queria te dizer tantas coisas boas, bonitas de otimismo. Falar do teu “niver”, mas quem diz que eu consegui. Só você falou, eu não consegui. Você mais uma vez foi perfeita, corajosa como sempre. Senti-me o maior covarde. Desculpa meu amor. Eu não queria ser assim nestas horas.

Hoje eu não consegui sair de lá sem te ver partir, você não me viu, mas eu estava sim olhando. Ver o ônibus subir à rampinha e sumir foi dolorido, hoje parece que foi ainda mais.

Que retorno marcado pela tristeza eu fiz. Saudade, angústia, falta, vazio em fim, um pouco de tudo. Senti tanta vontade de ligar pra você e dizer: Desce, vou te pegar, vamos ficar mais um dia.

Ainda bem “derrubado” na chegada, abri a minha bagagem, retirei o “not” e estava aberto na página que você deixou, pode ser bobeira, mas fui a lona novamente.

Retirando minhas roupas encontro a bermuda do jeito que você amarrou. Lembrei-me da primeira vez em que outra peça de roupa também me marcou.

Caramba...

Que saudade amor, que saudade. Que vontade de ter você aqui, neste momento. Encher-te de carinhos e dizer mais uma vez: TE AMO. TE QUERO. VOCÊ É MINHA. TODINHA MINHA. PRA SEMPRE MINHA.

SAUDADES MINHA PEQUENA. TE AMO.

Pedro Branco
Enviado por Pedro Branco em 08/04/2014
Código do texto: T4761751
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