Crônica do Amor
Eu poderia dizer muitas coisas, ligar até você atender, poderia fingir que tudo não passou de aprendizado e que já foi...
Poderia também fazer poesias, recitar Clarice, Carlos Drummond, rabiscar, fazer, inventar mil formas de amar, mais não seria a mesma coisa!
Poderia rodear meu quarto em círculos, pensando, falando baixinho "Amor, como eu sinto sua falta", mesmo sem me dar conta que já estou tonta e enjoada, sem nenhum "new way".
Poderia escutar nossa música preferida, abraçar minha lembrança de você, aquele urso lindo que hoje não dorme mais ao meu lado.
Poderia ser a pior pessoa do mundo, a adolescente com síndrome de alguém que não é mais adolescente, fazer um manual para explicar minhas loucuras, princípios e manias... Poderia pintar meu mundo com aquele retrato que tiramos deitados sob a grama naquela manhã de sábado bonita (Sempre era lindo com você! e não estou exagerando...)
Poderia até mesmo achar que tudo isso é pegadinha da vida e que de repente alguma verdade minha desse certo e eu voltasse a ser quem sempre fui!
Poderia derramar essa lágrima que insiste em cair justo agora, mais você não poderia sentir minha dor, minha verdade, meu sentimento, nem mesmo o quanto cada "poderia" faz parte da minha rotina, dia e noite.