A FALÊNCIA DO AMOR (EC)
 
 
Quando dei por mim, estava endividada até a raiz dos cabelos. Nunca imaginei passar por uma situação assim, mas ela estava ali, morrendo de rir, desdenhando da minha desgraça. Não chorei, não me desesperei, nem deixei a dívida caducar. Eu não a tinha feito? Agora era encarar a realidade de frente.
 
Mandei-o embora da minha vida, cortei laços que pensei seriam eternos, rompi com todas as promessas que havíamos feito um para o outro, peguei um atalho do que seria o desfecho final. Não quis correr mais riscos. A paixão incomoda, o desejo é perigoso.
 
E agora? Nada... Só este vazio do silêncio reinante em minha vida. Nas minhas noites, em minha alma! Decretei a falência de meus sentimentos. Pedi concordata antes da hora, temendo o endividamento eterno. E este coração enlutado está fechado para reforma.The end!

 
 



Este texto faz parte do EC “Abrindo falência”
Saiba mais em:
http://encantodasletras.50webs.com/abrindofalencia.htm