A PSICANÁLISE E O COMUNISMO.
De alguma forma são duas chantagens do século passado. E as duas buscaram uma falsa liberdade. Se o comunismo apregoando a liberdade retirou-a, esquecendo que seus rudimentos doutrinários vieram dos novos cristão, para suprir necessidades dando-se a cada um o que lhe era necessário, nunca abortando a liberdade pessoal, a psicanálise direcionou um método para sufragar a liberdade psíquica a quem precisava viver a vida em sua plenitude, sem os freios patológicos da contenção que esmaga a personalidade.
Frustraram-se os propósitos. Frase emblemática define a frustração. É preciso saber o que se procura para não se surpreender com o que pode achar.
Nada vale mais do que a liberdade pessoal, nem a vida, já que a vida sem liberdade não é vida. Exemplo prático. Como alguém pode ser dono de sua vontade, do seu “ir e vir” como acontece em Cuba, onde um patológico impõe sua vontade na “sua” ilha determinando o “ir e vir” de seus nacionais. Só sai do território cubano quem o dono da ilha deixar. Gozado não?
A liberdade reprimida e subtraída pelo comunismo, que acabou derrubado tanto na “Cortina de Ferro” como no “Muro de Brandemburgo”, Alemanha, é como a chantagem da psicanálise que nada resolvendo remeteu os pacientes para o ambulatório, e só a “fidelidade narcisista” ainda entoa seu canto. Como disse uma minha amiga analisada por três anos, quando perguntei se tinha melhorado, disse: “Celso eu sentia um mau cheiro em tudo, continuo sentindo, mas o mau cheiro melhorou um pouco”.
Esse mau cheiro continua exalando de cérebros desaparelhados por falta de condições estruturais de perceber que a vida é uma só, sagrada, e precisa antes de tudo ser liberta. Os direitos individuais conquistados pela história sob suor e luta não podem ficar como monopólio de meia dúzia de cabeças estreitadas que não compreendem o maior bem humano. Mas não há mais espaço para que tal desastre ocorra no nosso país, de certa forma vacinado como povo sul-americano , embora com alguns ainda submetidos a cortejar o infeliz ideário que longa e penosamente definha em Cuba e estertora.