A CRUZ.

Todos de alguma forma carregam sua cruz. Uns com intensidade, de uma vida muito sofrida, com sofrimentos de variada gradação.

A pena da crucificação quando do martírio de Jesus de Nazaré se direcionava aos criminosos baixos.

Jesus de Nazaré, judeu comum como reporta o mais respeitável historiador que viveu em sua época, Flávio José (Josefo), era e foi mais conhecido pelo martírio do que por suas obras e ensinamentos. Era um homem comum até então.

De Jesus se conhecia apenas a excentricidade da retórica oral, diversa de tudo que se conhecia. Despojar-se de tudo que tinha e seguir a orientação de doar ao próximo segundo suas necessidades. Era o discurso contrário a tudo que se via, o pessoalismo e a vontade de possuir e crescer em patrimônio, diga-se, o que persevera até hoje. E isso era extraordinário, quem era esse ser que diferia de tudo e todos, sem egoísmos. E poucos o conheciam.

Seu Verbo alargou-se no talento e sabedoria do advogado e intelectual Paulo de Tarso, São Paulo.Sob esse ângulo apareceu com força a doutrina crstã, de Cristo. A ele se deu a missão de mostrar aos tempos a força e o simbolismo da Cruz.

Ninguém, nenhum pensador famoso, dignitários de nações, cientistas, artistas, Reis ou Rainhas, membros de autoridades institucionais ou religiosas, detentores de cátedras máximas, deixaram algum símbolo com tamanha envergadura de expressão que atravessa o tempo, a Cruz.

Por quê? Qual a razão de um Homem comum, sem nada escrever, um só vocábulo, teria tal força morto por pena executora da vilania, de ladrões e baixos criminosos?

Por qual motivo esse símbolo se galvanizou, sedimentou-se no tempo, é encontrado em todos os lugares nos mais diferentes espaços, levado por milhares em cordões junto ao coração?

Haveria uma explicação mais ponderável do que a fé?

A pesquisa serve ao intelecto como o oxigênio à vida, mas onde se for ou se estiver, o único símbolo visível contra todas as forças em extraordinária aceitação é a cruz, por mais que muitos queiram afastá-la de todas as formas.

Há uma força propulsora dessa certeza, força de que ninguém se afasta, o pior ou melhor dos homens, é o AMOR pregado por quem dela pendeu, da Cruz no alto do Gólgota, UM DESCONHECIDO ATÉ ENTÃO, QUE NADA ESCREVEU, SENDO DE SUA ÉPOCA UM HOMEM COMUM, MAS AMOU COMO NINGUÉM A HUMANIDADE.

O amor por algo ou alguém existe no pior caráter, de uma forma diferente, possessiva, aniquiladora de personalidades, mas é um amor sentido de outra angulação, uma vontade de estar próximo, possuir que seja, mas emotivamente, enfim, é o amor, ainda que em antítese ao amor doado e sufragado por Cristo em nome da humanidade, e por isso alcança a todos.

Celso Panza
Enviado por Celso Panza em 01/04/2014
Reeditado em 01/04/2014
Código do texto: T4752353
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2014. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.