O PURO SANGUE HOLANDÊS
Não gosto de assistir televisão, por vários motivos, dentre eles posso afirmar que a programação é tendenciosa e traz nas entrelinhas o interesse obscuro dos proprietários da emissora, ou seja, aquilo que eles querem que os espectadores assistam. E isso não é somente em uma empresa, todas são assim. Com minha posição crítica posso até assistir, mas sempre questiono o porquê daquela notícia. Ontem fui intimado por um amigo do Amazonas que pedia que eu assistisse ao Fantástico, que traria nas suas notícias uma bomba no traseiro dos pedófilos do Amazonas, aliás, alguns pedófilos, porque ainda tem muita gente para ser noticiado, mas a vez destes certamente chegará.
Enquanto aguardava a bomba dos pedófilos o programa apresentou uma reportagem com certo senhor holandês, que segundo as estatísticas é pai 99 vezes ou salvo engano, 124 vezes. Dei aquela arregalada nos olhos e prestei atenção, para não ser injusto aqui transcreverei parte da matéria, fonte: Fantástico:
“Ed Houben é um historiador de 45 anos que trabalha como guia turístico na cidade de Maastricht, na Holanda. Nas horas livres, ele ajuda mulheres a realizar o desejo de gerar uma criança. Do jeito tradicional. Ou seja, dormindo com elas.
O adorável Tom, de 2 anos, é uma dessas criações. A mãe, Mona, é homossexual. E sempre sonhou engravidar, mas não queria uma experiência artificial. “Eu achava importante ver, conversar, sentir o cheiro, tocar a pessoa”, ela diz.
E se a mulher for heterossexual e tiver um marido, não vai dar ciúmes? “Não, porque ele também quer muito aquele filho. Pai é quem cria”, diz Ed Houben.
Ed entrou em uma clínica de fertilização, pela primeira vez, depois que um casal amigo desistiu de tentar engravidar. “Aquilo me marcou. Pessoas tão boas mereciam ser pais”, ele conta.
Na época, as doações de sêmen na Holanda eram anônimas. Mas a lei mudou em 2004. E a obrigação de revelar a identidade fez com que muitos homens parassem de doar. Foi aí que Ed passou a oferecer uma doação diretamente às mães.
E ao contrário do que muita gente imagina, Ed não cobra nada por isso.
“Não sou um cara rico, mas me parece errado pedir dinheiro em troca de um gesto tão humano”, conta Ed.
No meio da conversa com a equipe do Fantástico, Ed recebe um email. É de uma ucraniana de 34 anos. E ela diz: “Caro Ed, li sobre você na internet e decidi entrar em contato. Quero muito ter um filho. Sou saudável mas ainda não encontrei o homem da minha vida. Posso te providenciar fotos e até resultados de exame de sangue”.
A saúde é uma grande preocupação. Ed faz exames de doenças sexualmente transmissíveis há cada seis meses e exige o mesmo das mulheres.
Até que a conversa foi interrompida de novo. Depois da Ucrânia, uma outra mensagem chega no Facebook do Ed, dessa vez da China.
Mas porque a mulherada procura tanto esse holandês que está longe de ser um símbolo sexual? Ed garante que a quantidade e a qualidade dos espermatozóides que ele produz são acima da média.
E afinal, quantos filhos já estão espalhados pelo mundo? “Pelo que sei, 99 bebês nasceram com saúde nos últimos 12 anos”, revela Ed.
Fazendo as contas, são oito crianças por ano. Mas este número total pode ser ainda maior. Antes de virar doador particular, ele fazia doações para uma clínica que estava autorizada a fazer 25 inseminações com o sêmen dele. Isso significa que é possível que Ed tenha 124 filhos.
Apesar de a casa já estar cheia de porta retratos de crianças, ele sonha, um dia, em ter a própria família. “Quero muito encontrar uma parceira para o resto da vida”, afirma Ed.”
Não contive o riso, e nem consegui imaginar qual a mensagem que essa reportagem trouxe nas entrelinhas, afinal de contas que carência é essa das mulheres? Ou será que ser filho de holandês tem algo especial? O engraçado da reportagem foi o senhor holandês mostrar sua cama bem arrumada à espera de uma nova candidata para ser inseminada da forma tradicional. Fiquei imaginando a “cliente” que durante a reportagem enviou e-mail, se candidatando, querendo uma vaga na agenda do holandês, e se não desse certo? Será que ela aceitaria ficar um tempo repetindo o ato até conseguir obter êxito? “Meu deus dos céus”, até onde esse bicho ser humano vai com essas prosopopéias?
Não gosto de assistir televisão, por vários motivos, dentre eles posso afirmar que a programação é tendenciosa e traz nas entrelinhas o interesse obscuro dos proprietários da emissora, ou seja, aquilo que eles querem que os espectadores assistam. E isso não é somente em uma empresa, todas são assim. Com minha posição crítica posso até assistir, mas sempre questiono o porquê daquela notícia. Ontem fui intimado por um amigo do Amazonas que pedia que eu assistisse ao Fantástico, que traria nas suas notícias uma bomba no traseiro dos pedófilos do Amazonas, aliás, alguns pedófilos, porque ainda tem muita gente para ser noticiado, mas a vez destes certamente chegará.
Enquanto aguardava a bomba dos pedófilos o programa apresentou uma reportagem com certo senhor holandês, que segundo as estatísticas é pai 99 vezes ou salvo engano, 124 vezes. Dei aquela arregalada nos olhos e prestei atenção, para não ser injusto aqui transcreverei parte da matéria, fonte: Fantástico:
“Ed Houben é um historiador de 45 anos que trabalha como guia turístico na cidade de Maastricht, na Holanda. Nas horas livres, ele ajuda mulheres a realizar o desejo de gerar uma criança. Do jeito tradicional. Ou seja, dormindo com elas.
O adorável Tom, de 2 anos, é uma dessas criações. A mãe, Mona, é homossexual. E sempre sonhou engravidar, mas não queria uma experiência artificial. “Eu achava importante ver, conversar, sentir o cheiro, tocar a pessoa”, ela diz.
E se a mulher for heterossexual e tiver um marido, não vai dar ciúmes? “Não, porque ele também quer muito aquele filho. Pai é quem cria”, diz Ed Houben.
Ed entrou em uma clínica de fertilização, pela primeira vez, depois que um casal amigo desistiu de tentar engravidar. “Aquilo me marcou. Pessoas tão boas mereciam ser pais”, ele conta.
Na época, as doações de sêmen na Holanda eram anônimas. Mas a lei mudou em 2004. E a obrigação de revelar a identidade fez com que muitos homens parassem de doar. Foi aí que Ed passou a oferecer uma doação diretamente às mães.
E ao contrário do que muita gente imagina, Ed não cobra nada por isso.
“Não sou um cara rico, mas me parece errado pedir dinheiro em troca de um gesto tão humano”, conta Ed.
No meio da conversa com a equipe do Fantástico, Ed recebe um email. É de uma ucraniana de 34 anos. E ela diz: “Caro Ed, li sobre você na internet e decidi entrar em contato. Quero muito ter um filho. Sou saudável mas ainda não encontrei o homem da minha vida. Posso te providenciar fotos e até resultados de exame de sangue”.
A saúde é uma grande preocupação. Ed faz exames de doenças sexualmente transmissíveis há cada seis meses e exige o mesmo das mulheres.
Até que a conversa foi interrompida de novo. Depois da Ucrânia, uma outra mensagem chega no Facebook do Ed, dessa vez da China.
Mas porque a mulherada procura tanto esse holandês que está longe de ser um símbolo sexual? Ed garante que a quantidade e a qualidade dos espermatozóides que ele produz são acima da média.
E afinal, quantos filhos já estão espalhados pelo mundo? “Pelo que sei, 99 bebês nasceram com saúde nos últimos 12 anos”, revela Ed.
Fazendo as contas, são oito crianças por ano. Mas este número total pode ser ainda maior. Antes de virar doador particular, ele fazia doações para uma clínica que estava autorizada a fazer 25 inseminações com o sêmen dele. Isso significa que é possível que Ed tenha 124 filhos.
Apesar de a casa já estar cheia de porta retratos de crianças, ele sonha, um dia, em ter a própria família. “Quero muito encontrar uma parceira para o resto da vida”, afirma Ed.”
Não contive o riso, e nem consegui imaginar qual a mensagem que essa reportagem trouxe nas entrelinhas, afinal de contas que carência é essa das mulheres? Ou será que ser filho de holandês tem algo especial? O engraçado da reportagem foi o senhor holandês mostrar sua cama bem arrumada à espera de uma nova candidata para ser inseminada da forma tradicional. Fiquei imaginando a “cliente” que durante a reportagem enviou e-mail, se candidatando, querendo uma vaga na agenda do holandês, e se não desse certo? Será que ela aceitaria ficar um tempo repetindo o ato até conseguir obter êxito? “Meu deus dos céus”, até onde esse bicho ser humano vai com essas prosopopéias?