ESTUPRO VIRTUAL (RESULTADO DA PESQUISA ESTAVA ERRADO)

Após uma pesquisa dizendo que grande parte da população brasileira culpa as próprias mulheres pelos estupros, uma jornalista lançou, pela internet, a campanha “Eu Não Mereço Ser Estuprada”. Sua ideia fez enorme sucesso nas redes sociais, mas ela passou a ser vítima de vários “estupros digitais”, incluindo ataques, ofensas e muitas ameaças. Homens escreveram dizendo que a estuprariam, caso a encontrassem na rua, e – pasmem: a maioria das mulheres entrevistadas declarou serem as mulheres as próprias culpadas dos estupros! Sim, amigos! Chegamos à era do estupro virtual, ou estupro digital, creiam! Infelizmente é o machismo imperando na nossa sociedade e as mulheres, só pra variar, sendo tratadas como pedaços de carne ambulantes! Gente, será que só porque uma mulher sai na rua de vestido curto traz escrito na testa " eu quero dar?" De onde tiraram essa ideia? Eu conheço casos de estupro e podem ter certeza: as vítimas NUNCA MAIS foram as mesmas! Algumas permanecem psicologicamente abaladas para sempre! E ainda querem colocá-las como culpadas só porque caíram nas mãos de um vagabundo que não sabia controlar o próprio pênis? Concordo que uma menina de 13 anos aparecendo quase nua no Facebook não é correto, mas não é por isso que ela merece ser estuprada! Aliás, nenhuma mulher merece ser estuprada! Isso é crime hediondo! Aliás, acho totalmente desnecessária essa discussão toda! É ridículo que em pleno século 21 estejamos aqui nas redes sociais discutindo “se as vítimas são culpadas”!! Gente, o que é isso? A Humanidade está descendo aos últimos degraus!!
#Cabanãomundão! #


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Retificação:
O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), órgão do governo federal, informou nesta sexta-feira (4) que errou ao divulgar na semana passada 
pesquisa segundo a qual 65,1% dos brasileiros concordam inteiramente ou parcialmente com a frase "Mulheres que usam roupas que mostram o corpo merecem ser atacadas". De acordo com o instituto, o percentual correto é 26%.
O diretor de Estudos e Políticas Sociais do Ipea, o cientista social Rafael Guerreiro Osório, pediu exoneração assim que o erro foi constatado, informou o instituto. Osório ingressou no Ipea em 1999 e é autor de estudos sobre mobilidade social, desigualdade e pobreza.
A pesquisa divulgada com erro é intitulada "Tolerância social à violência contra as mulheres" e teve ampla repercussão. A presidente 
Dilma Rousseff chegou a comentar por meio do microblog Twitter. Com base nos dados da pesquisa, ela disse que o país tem "muito o que avançar no combate à violência contra a mulher".
Em nota divulgada nesta sexta, o instituto pede desculpas e informa que "o erro relevante" foi motivado por uma troca de gráficos que inverteu resultados de duas das questões – "Mulher que é agredida e continua com o parceiro gosta de apanhar" e "Mulheres que usam roupas que mostram o corpo merecem ser atacadas".
 
Fonte:

http://g1.globo.com/brasil/noticia/2014/04/ipea-diz-que-sao-26-e-nao-65-os-que-apoiam-ataques-mulheres.html