"MALANDRONA" É A VOVOZINHA!
Já passou o tempo em que os homens debochavam quando viam uma mulher dirigindo um carro. No mundo hodierno, principalmente nas grandes cidades, onde o avanço feminino em quase todas as escalas sociais está mais presente, a mentalidade agora é bem diferente. Tanto no campo político (veja os exemplos de vereadoras, ministras e até presidente) como nas demais áreas trabalhistas e profissionais, as mulheres estão sempre cada vez mais demonstrando que estão aqui para somar. Esse negócio de avental, panela, fogão, tanque ou máquina de lavar, apesar de ainda ser sua área, elas saem à luta para demonstrar o seu valor. Portanto, mais cuidado e respeito com as mulheres. Vejamos esse caso que aconteceu com a minha vizinha. É bem verdade que a maneira como ela agiu não é nenhum paradigma a ser seguido. Numa atitude inesperada ela pôs a sua vida em perigo e só percebeu depois do fato consumado. Vamos ao ocorrido.
De tanto passar por dissabores com relação ao seu automóvel, por sinal, sua única condução para o seu trabalho, como por exemplo, roubos, batidas etc, ela anda sempre com "a pulga atrás da orelha" com relação àquelas pessoas que querem tirar proveito de tudo. Um dia destes, numa destas avenidas movimentadas de São Paulo, ao parar seu carro num semáforo, sentiu que um motorista desatento ou irresponsável bateu na traseira do seu automóvel, por sinal, novo. O dito cujo gesticulou para que ela estacionasse no acostamento, fingindo que ira conversar. Ela acreditou. Mas logo percebeu que ele, ao perceber que era uma mulher que estava no volante, simplesmente esnobou e tentou fugir, ludibriando. Tá bom, só porque ele quisesse agir assim, covardemente. Por essa ele não esperava. Pois a minha vizinha, com o nervo à flor da pele, não pensou nenhuma vez, arrancou de uma vez na perseguição ao carro fujão. E como correr, pisar fundo no acelerador é com ela mesmo, não foi nada difícil alcançá-lo e ao ultrapassá-lo, aplicou o conhecido e perigoso "cavalo de pau" e desceu do seu carro espumando de raiva,para não dizer, ódio. Eis que daquele carro saíram quatro marmanjos, mas ela não deu bolas. Eis o diálogo movido à adrenalina nas alturas, por parte dela, diga-se de passagem:
-E aí, cara, está querendo me fazer de trouxa?
- Calma aí, malandrona, vamos conversar.
-Malandrona eu não sou, mas conheço vários. Você quer ver?
Com a cara de quem não estivesse acreditando, eles ouviram ela ligar para a polícia e logo em seguida para um amigo da pesada. E põe pesada nisto. Para encurtar a história aconteceu o seguinte. A polícia não apareceu, mas o representante do seu amigo chegou, dirigindo um carrão impressionante, o qual por sinal, segundo a minha vizinha, tinha mais de dois metros. Era um homenzarrão que ao chegar ao local só falou:
-E aí, o que está pegando?
Antes dela começar a contar o que realmente aconteceu, um dos rapazes já percebendo que o bicho ia ficar feio, tentou se esquivar, dizendo:
-Não foi nada não. Já conversamos, está...
-Já conversamos o c.......Você bateu no meu carro, quis me fazer de otária, mando eu parar para conversar e em seguida foge, seu covarde!
- Vamos encurtar o papo, meu, passa o seu CPF, telefone, endereço e logo que ela fizer o orçamento eu foi lhe ligar para combinar o pagamento e ponto final.
Tudo isto foi feito e a partir daquele instante aquele motoristas e seu comparsas podem até continuar dizendo aquela frase de deboche de para-choque de caminhão: "Mulher no volante, perigo constante!", mas só que com outra conotação.
Estou certo ou estou errado?
Joboscan