Um grito de...

Agonizando, um ser está ouvindo aquela música agora. Entre lágrimas, sussurros e soluços desmancha um coração que outrora era são e que agora não mais vive. Desmancha... Desmancha... [...] protagonista de um sentimento inexplicável, trás sua essência, pura e simples, um vazio tão grande. Não vejo outra cousa senão superar... Superar a dor, superar o gosto amargo que a vida deixou, a vida.

Deus sabe que fostes a pessoa que fizestes de meu peito, morada. Quando quiseres terá pois nunca irá sair daqui. Um choque de consciência talvez devolva-me uma vida, a que eu deixei pra trás quando escolhi você como meu oxigênio, meu remédio. Talvez recupere um tempo para fazer o que ainda não fiz, ou talvez eu me apaixone novamente por ti e faça tudo novamente. Fácil me render ao teu jeito menina mulher, um jeito diferente aos olhos de quem a vê, mas humildemente igual aos teus olhos.

Fazei deste, não um lamento como parece ser, mas apenas uma comoção deste que vos escreve com os olhos rasos d’agua, fazei de um singelo desabafo, mediante palavras soltas no tempo, contudo escritas com o coração em punho. Fazei deste um grito de desabafo, dizendo através deste tudo aquilo que, por ética e respeito, não exalto aos quatro ventos como disseste para fazer meu coração. Refém de algo que não me prende, preso em algo que não se prendera a mim, sina dura, mas que inexplicavelmente, repito, acontecera sem que fosse de minha vontade...

Quisera eu escrever mais, porém limitado por meu coração sem direção, opto por parar. Talvez ainda haja tempo de parar, voltar e fazer um final diferente. Ou mesmo que siga, permaneça sendo esse simples “escrevedor” de sentimentos... Sentimentos esses que crescem sucessivamente em cada dia e trazem estes relatos maçantes e confusos. Sentimentos que simplesmente acontecem por serem reais e que fazem desse coração para ti, uma eterna morada...

Eduardo Costa (Apresentador)
Enviado por Eduardo Costa (Apresentador) em 27/03/2014
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