PETROBRAS
O negócio.
Em 2006, a Petrobras pagou US$ 360 milhões por 50% da refinaria (US$ 190 milhões pelos papéis e US$ 170 milhões pelo petróleo que estava em Pasadena). O valor é muito superior ao pago um ano antes pela belga Astra Oil pela refinaria inteira: US$ 42,5 milhões.
Em 2008, a Petrobras e a Astra Oil se desentenderam e uma decisão judicial OBRIGOU a estatal brasileira a comprar a parte que pertencia à empresa belga. Assim, a aquisição da refinaria de Pasadena acabou custando US$ 1,18 bilhão à petroleira nacional, mais de 27 vezes o que a Astra teve de desembolsar.
A presidente Dilma afirmou, após a abertura de investigações no Tribunal de Contas da União (TCU), Polícia Federal e Ministério Público, que só aprovou a compra dos primeiros 50% porque o relatório apresentado ao conselho pela empresa era "falho" e omitia duas cláusulas que acabaram gerando mais gastos à estatal.
Comprei ações para minhas netas da Petrobras faz cinco anos. Do capital investido restou um quinto.Era a décima segunda empresa do mundo, hoje é a centésima vigésima e alguma coisa. Subsidia o preço do combustível, todos sabem a razão, colocou em derrocada o etanol.
Pergunto já que estou acostumado com essa mecânica. O colegiado, Conselho da Petrobras, diante de um laudo técnico que reporta um contrato, onde obviamente estão acertadas, convencionadas tratativas, direitos e obrigações, não confere o contrato(?). O parecer remete ao contrato, e portanto ele há de ser perquirido, analisado, detalhadamente, avaliado, suas causas e efeitos, como se diz, dissecado, e só depois anuirem ou não os componentes do Conselho. É como dar uma sentença, as partes declinam suas razões (pareceres) e a motivação das razões é o contrato. O juiz analisa o contrato em face das razões (pareceres) e dá sua sentença, anuindo para um ou outro lado, ou para nenhum e emite sua convicção.
Os acionistas minoritários têm ação para haver as perdas da má gestão.