BADERNA PELA MACONHA LIVRE NA UFSC

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O consumo de droga sempre foi coisa comum e até corriqueiro dentro das Universidades Públicas. Mas o que os alunos fizeram na Universidade Federal de Santa Catarina, reagindo contra a polícia para defender cinco outros alunos presos consumiam maconha e ainda exigindo que a reitora assinasse um documento proibindo a ação da força policial no campus, é extrapolar todos os direitos do imaginável, para não dizer que é uma confissão de que os alunos poderão continuar consumindo drogas e passando um péssimo exemplo para a sociedade.

Há 17 anos, quando estudava no Campus Universitário da Fundação Universidade do Amazonas, pela segunda vez, em quase toda “sexta cultural” que os Centros Acadêmicos realizavam, recebia notícias de que alguma aluna ou aluno havia sido encontrado dentro dos banheiros passando mal, vomitando, quando não eram encontradas fileiras de cocaína cheiradas no local. Deixar que essa prática continue é o pior dos absurdos, mas é quase normal ou corriqueiro essa prática do consumo de drogas em campus, afinal, o local só é uma mera extensão da sociedade!

Entendo e aceito o direito dos alunos protestarem contra a truculência da força policial, mas não também é não aceitável que para defender cinco colegas de curso, emborquem viaturas com policiais que foram cumprir seu dever, apenas. Não discuto se houve ou não truculência, mas se houve, foi das duas partes porque não se entrega flores em uma manifestação violenta de ambos os lados. Se a reitora Roselene Neckel aceitar o que os alunos estão exigindo, será uma prova de total desconhecimento do direito de a Polícia pode e deve investigar e agir quando achar necessário. Se ocorrer de forma violenta ou não, é outra questão porque como já disse, já fui aluno e também já presenciei muitos atos de ação policial em sextas culturais. Mas não sei qual foi o caso específico e as circunstâncias em que se deram. Só sei que houve violência dos dois lados e não foi afirmar quem estava certo ou errado.

A estudante de psicologia Gabriela Celestina, uma das que ocupou o prédio da reitoria, disse em nome de todos que “só sairemos daqui quando conseguirmos um documento que nos garanta isso”. Garantir o quê? Será que os futuros formadores de opiniões em suas áreas desejam continuar consumindo drogas livremente dentro do campus? Será essa exigência que a aluna de psicologia está querendo fazer?

Da baderna e invasão ao prédio da reitoria da UFSC, a ocupação do prédio da reitoria, além da exigência absurda feita pela aluna Gabriela Celestina à reitora Roselene Neckel, sobraram ainda cinco pessoas presas, a tropa de choque usando bomba de efeito moral e as Polícias Militar e Federal deixando a universidade, com algumas viaturas destruídas.

Por meio de assessoria de imprensa, a UFSC disse que desconhecia a ação policial dentro do Campus, que levantaria a documentação para analisar todo o caso. Enquanto isso, os estudantes se concentraram para decidir como passariam a noite ocupando a reitoria, protestando porque um futuro professor de geografia, ainda aluno, foi preso por fumar maconha dentro do Campus Universitário. Que péssimo exemplo, hem?

carlos da costa
Enviado por carlos da costa em 26/03/2014
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