SIMPLESMENTE

Eu não sou fã de Chico Buarque, mas gosto de algumas músicas dele, como COTIDIANO, em que a letra começa e termina da mesma forma: "Todo dia ela faz tudo igual".

Invariavelmente, todos nós somos assim, temos nossos hábitos que se tornam pequenos rituais próprios e cotidianos. Alguns, despertam muito mais cedo que o necessário para acordarem os filhos; alguns filhos acordam muito mais tarde por que os pais não despertaram.

Recentemente, conversando com um estranho, escutei uma espécie de doutrinação religiosa; poderia questionar um sem-número de questões de fé, mas me resignei em escutar, pois meus tempos de litigante por natureza ficaram para trás.

Mas uma coisa que essa pessoa disse é algo que está correto: vivemos em uma época em que o ego predomina, em detrimento a outros elementos importantes em nossa vida.

Durante muito tempo, eu acreditei que poderia ser autossuficiente, mas não sou. E durante muito tempo, eu fiquei consternado por causa disso. Como eu disse, eu fazia todo dia tudo igual, criei minha própria verdade... e nesse caminho, eu tropecei.

Minha mãe me ensinou que as coisas, às vezes, simplesmente acontecem, sendo elas boas ou ruins. Ela tinha sua fé ecumênica, e acreditava em Deus, em Nossa Senhora e nas Almas... mas algumas pessoas acreditam que isso chama-se "sorte".

Em minha opinião, acredito que cada experiência em nossa vida nos prepara para enfrentar aqueles eventos que fogem do nosso cotidiano... alguns deles são pontuais, mas a maioria é permanente.

Nunca saberemos se estamos preparados para enfrentar algum desafio, até quando ele surge em nossa frente; da mesma forma, não temos como afirmar que não mudaremos a nossa forma de agir e pensar se formos contemplados por um prêmio milionário da loteria.

Simplesmente, nem sempre todo dia vai ser sempre igual...

SEBASTIÃO SEIJI
Enviado por SEBASTIÃO SEIJI em 25/03/2014
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