O DESPERTAR DE UM AMOR.



E aí, ela ao acordar, deu um pulo da cama tão grande que até sentiu dores na região do cóccix. Rapidamente correu para o banheiro, retirando as poucas roupas que lhe restavam, entrou no box, abriu o chuveiro e saboreou um belo banho, regado a sabonete Frances ou Francis, como queiram, naquela água bem quente.
Pronto, estava rejuvenescida, mais alegre, feliz, esperando só acontecimentos bons para aquele dia. Sim, o dia que desejava ser amada, adorada, desejada, paquerada, na calçada, na estrada, na madrugada, "mas, que nada" (Jorge Ben Jor), em dois passos, se viu diante do espelho, descabelada e imediatamente penteou-se de maneira branda, acariciando os cabelos e a nuca, sentindo arrepios, pois aqueles movimentos traziam-lhe recordações de um amor intenso que foi abortado de forma inesperada, mal resolvida e dolorosa.
 As dores já não existiam mais, só o perfume da pele, a maciez das mãos,
o toque feminino, felino, de mulher bem resolvida, descolada e indiferente aos malefícios causados em seu coração.
De volta ao quarto, ao abrir o armário, rapidamente encontrou, na décima primeira olhada, o vestido que queria, em tons azul esverdeado e amarelo, bem decotado, deixando à mostra partes sensuais de seu corpo.
Calçou uma sandália simples, para que seus pés fossem também notados. Perfumou-se como jamais tinha feito anteriormente e se dirigiu à sala de seu apartamento, onde na noite anterior houvera preparado toda aquela apaixonante cena. Sentou-se à mesa calmamente, tomou o café da manhã, só e amou-se, eternamente.




Por: Jaymeofilho.
        24/03/2014.
Jaymeofilho
Enviado por Jaymeofilho em 24/03/2014
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