E quando a razão adormecer?

O amor. O tão falado amor. Muitos acreditam partir do princípio fálico, outros do carinho e outros sentimentos que envolvem outras pessoas. Todos buscam uma definição do que é o amor, e há quem diga que ele venha de vertentes diferentes, como o amor paterno, materno, fraterno até enfim partir de um desconhecido que se atreve a entrar na sua vida e dizer que ama. Claro que não estou dizendo que o amor não exista, mas é algo abstrato, de fato. E como o abstrato sugere, o amor passa a ser quase uma utopia. A troca afetiva, por exemplo, parte do princípio da reciprocidade, ou seja, é necessário iniciar uma afetividade prática com outra pessoa que se deu inicio em pensamento, para que essa outra pessoa entenda e haja de forma semelhante. Obviamente nem sempre haverá a tal reciprocidade.

Quem nunca ouviu que “O amor é a base de um relacionamento”, ou algo semelhante? Então subentende-se que o amor pode ser a junção de sentimentos depositados em uma união? Digamos que sim e partimos para outro pensamento: quando depositamos algo num abstrato, podemos dizer ser expectativa, certo? Então criamos expectativa em uma união, baseada no carinho, afeto, respeito, franqueza, em carícias e, inclusive, carícias baseadas nos princípios fálicos. Opa! Como assim!? Expectativas, na maioria das vezes é criada para atingir um objetivo, mas que, por não depender somente de uma pessoa, nem sempre será atingida, nesse caso.

Vamos regredir: partimos do amor até chegarmos na quase utopia sugerida pela expectativa depositada nos sentimentos que necessitam de reciprocidade. Quando uma expectativa chega a ser criada em cima de um relacionamento, a quase utopia já foi criada em sua (nossas) mente (s), talvez não com a intensidade exacerbada, mas foi criada. Daí surge o famoso “bem que podia acontecer”, ou o “será que vai dar certo?”, ou até mesmo o “acho que estou gostando dela”, ou dele. A questão é lidar com o anseio de querer que aconteça ou até mesmo lidar com o sentimento que pode surgir por uma simples expectativa.

Sejamos francos: teoria, teoria, teoria. Não há certeza de que teoria funcione, tal qual não há certeza de que tudo irá dar certo. O conhecimento da causa, nesse caso o amor, só se dará se você tentar, então ame. Mesmo que a razão diga para se precaver de tal sentimento. Quem usa a razão quanto o sentimento fala mais alto? Não adianta tentar explicar com palavras e teorias, o que nós sentimos dentro do peito! Quando o desejo fala mais alto a razão já adormeceu... E que ela tenha um bom sonho...

Eduardo Costa (Apresentador)
Enviado por Eduardo Costa (Apresentador) em 21/03/2014
Reeditado em 10/12/2014
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