SAIDA ÀS SETE
Jejum de doze horas, noite sem dormir, saída ás sete para o exame de sangue. Lá fora deparo com a feira em movimento colorido de todos se arrumando em suas barracas. Vou só olhando as frutas belíssimas e fartura de todas as frutas e legumes. Meu filho voltou de uma semana de trabalho em Nova Yorque dizendo que a cidade causa impacto e só, mas não tem a beleza do Rio; que lá tudo é mais barato porque é produzido em grande escala, mas as frutas e produtos naturais é caríssimo.
Passo direta em direção à Rua da Glória para tomar um taxi, vou pertinho para a esquina da Santa Luzia com Rio Branco. Muita gente lá, espero e faço o exame por cerca de uma hora.
Volto e desço na entrada da feira. Sol forte queima as costas e só olho, e vejo as frutas saborosas e belas. Paro na primeira e indago por caquis duros. Tem, levo quatro por vinte cruzeiros. Ando, dou uma paradinha na barraca das flores de Sr. Antonio. Papeamos e contamos de nossas vidas. Dois velhos e falamos da intimidade de nossas famílias, uma coisa ligeira de confiança mútua. Não levo flores hoje que a minha empregada quebrou a minha jarra.No dia seguinte falei com ela que deve me dar outra jarra.Ela se fecha. Noutro dia falo da minha jarra e ela diz que não tem que me devolver outra. Posteriormente vou notando imperfeições nela que ainda não tinha contabilizado. Resolvo dispensá-la. Sua presença já estava me incomodando com quase nada para fazer.
Sigo e vou só vendo, os caquis pesam.Não posso carregar este peso. Em frente ao vendedor de coadores de flanela de café e outras peças miúdas de uso doméstico quase ultrapasso, mas dou uma guinada de 90 graus e vou direto ao vendedor. Falo pra ele que me detive para vir cumprimentá-lo e desejar-lhe saúde. Ele sorridente mostrando a sua beleza espontânea estende as mãos e recebe o cumprimento respeitoso e afetuoso.Uma coisa boa nos une, somos dois seres humanos autênticos cada um em sua função. Há uma troca entre nós. Sigo.
Abro meu portão de ferro e subo a escada da entrada do prédio. Chego em casa, tomo meu café acompanhado de um caqui.
O dia já começou. Um pouco cansada, sinto paz.
Jejum de doze horas, noite sem dormir, saída ás sete para o exame de sangue. Lá fora deparo com a feira em movimento colorido de todos se arrumando em suas barracas. Vou só olhando as frutas belíssimas e fartura de todas as frutas e legumes. Meu filho voltou de uma semana de trabalho em Nova Yorque dizendo que a cidade causa impacto e só, mas não tem a beleza do Rio; que lá tudo é mais barato porque é produzido em grande escala, mas as frutas e produtos naturais é caríssimo.
Passo direta em direção à Rua da Glória para tomar um taxi, vou pertinho para a esquina da Santa Luzia com Rio Branco. Muita gente lá, espero e faço o exame por cerca de uma hora.
Volto e desço na entrada da feira. Sol forte queima as costas e só olho, e vejo as frutas saborosas e belas. Paro na primeira e indago por caquis duros. Tem, levo quatro por vinte cruzeiros. Ando, dou uma paradinha na barraca das flores de Sr. Antonio. Papeamos e contamos de nossas vidas. Dois velhos e falamos da intimidade de nossas famílias, uma coisa ligeira de confiança mútua. Não levo flores hoje que a minha empregada quebrou a minha jarra.No dia seguinte falei com ela que deve me dar outra jarra.Ela se fecha. Noutro dia falo da minha jarra e ela diz que não tem que me devolver outra. Posteriormente vou notando imperfeições nela que ainda não tinha contabilizado. Resolvo dispensá-la. Sua presença já estava me incomodando com quase nada para fazer.
Sigo e vou só vendo, os caquis pesam.Não posso carregar este peso. Em frente ao vendedor de coadores de flanela de café e outras peças miúdas de uso doméstico quase ultrapasso, mas dou uma guinada de 90 graus e vou direto ao vendedor. Falo pra ele que me detive para vir cumprimentá-lo e desejar-lhe saúde. Ele sorridente mostrando a sua beleza espontânea estende as mãos e recebe o cumprimento respeitoso e afetuoso.Uma coisa boa nos une, somos dois seres humanos autênticos cada um em sua função. Há uma troca entre nós. Sigo.
Abro meu portão de ferro e subo a escada da entrada do prédio. Chego em casa, tomo meu café acompanhado de um caqui.
O dia já começou. Um pouco cansada, sinto paz.