O que sou?
De onde vim, para onde vou,m afinal o que sou?
Fria, calculista sem nenhum ponto de vista!
A morte sempre me perseguiu, não sei por que não me levou quando nasci, com o cordão umbilical enrolado em meu fino pescoço.
O tempo, levou meu filho, tão pequeno, e com um diagnóstico imprevisto da doutora Célia Silva, cardiologista do Hospital São Paulo.
Então, que faço aqui.
Estou me drogando a cada dia, e só quero dormir, esquecer, sair por aí.
Tenho picos de depressão, mas meus familiares acham que é frescura.
Um dia cometo uma loucura.
Não sei por que nasci, por que brigo do jeito que brigo, por quero justiça, nessa Terra sem Deus.
De onde vim, para onde vou, não sei o que sou...
Amigos, tão poucos, serão loucos como eu.
Quero renascer diferente, não nasci para ser mãe, nem nasci para nada.
Sou um João ninguém, que pede a partida para longe e não mais voltar.
Já perdi tantos amores, dissabores, ilusões...
Agora, perco a mim.