Um cálice de cultura
 
Leitor, a noite do último sábado foi de muita luz para os setelagoanos e visitantes, que compareceram na Casa da Cultura para assistir ao evento: “Outono do Jubileu”, 212º Serão Poético do Clube de Letras de Sete Lagoas. Que, aqui, pretendo descrever. O Clube de Letras realiza esta atração cultural quatro vezes no ano, com entrada franca. E, o tema das apresentações, busca ressaltar as principais datas culturais do país e do mundo. Sou clubista há pouco mais de ano, e realço os princípios do Clube de Letras de Sete Lagoas, que neste ano comemora cinquenta anos de existência. Foi fundado em 64, por nove jovens e ousados estudantes, com afinidade pela literatura. Dentre eles, Márcio Vicente da Silveira, atual secretário da cultura de Sete Lagoas. Sobretudo, o clube tem como missão: “Trazemos hoje as cabeças debruçadas sobre os livros, para que possamos erguê-las amanhã para os homens. Pois, acreditamos que pela cultura fazemos um Brasil melhor!”
O “Outono do jubileu” foi o primeiro “Serão Poético” de 2014, e contou com a colaboração de clubistas, poetas e escritores; e parceiros, artistas de outras áreas culturais. Congratulo a presidente do Clube, Rosana Macedo Pontes; e as clubistas, Juliana Machado Cruz e Elizabeth Carvalho; pela organização e sucesso do espetáculo, que contagiou e alavancou muitos aplausos do público.
Ocorreu a ciranda poética, que contou com a declamação de apaixonados pela poesia. Dentre eles, jovens adolescentes, integrantes da “Marcha Literarte”; convidados e clubistas. Que homenagearam poetas de Sete Lagoas, Minas Gerais, Brasil e do mundo. Foram recitados maravilhosos poemas, como: “sem título”, do livro vazantes, de José Renato; “Crash” de João Valadares; “Assim Não”, de Wanderley Guedes; “Amadurecer” de Letícia Gontijo; “Esperança”, de Arnaldo A. P. Neto; “A poesia nasce”, da jovem, Paula Anabela Gassoglio, que também o declamou em espanhol; e “Pingentes de Citrino”, de Adélia Prado.
Na dança, tivemos a honra de assistir a um fragmento do espetáculo, “Entre Flores”, da “Drika Rezende Escola de Dança”. Os jovens se apresentaram com muita harmonia, permitindo aos presentes viajarem no tempo, e, encontrar instantes de paz. O silêncio se destacava da música que soava e embalava os bailarinos. Depois, as cortinas se abriram para desvelar os mistérios da música. O jovem pianista, Thallys J.R.D. Oliveira, do coral Dom Silvério, deixou mudo o auditório. A plateia se entregou de corpo e alma à execução das obras musicais: “Valsa, Opus 70 nº3, de Chopin”; e “Adeus ao Piano, de Beethoven”. Em seguida, a Escola Livre, Prekaria Companhia de Teatro, apresentou um trecho da peça “Sonho de uma noite de verão”, adaptação da obra de Willian Shakespeare. E, para completar o êxtase, Tânia Carlos, talentosa clubista, contou a história, “A Lenda do Rouxinol”.
Todavia, além do afetuoso e receptivo público, não posso esquecer-me de destacar, duas clubistas muito especiais e queridas para o mundo da arte e literatura, que prestigiaram o evento: Mariza da Conceição Pereira, poeta e escritora, que já foi presidente do Clube de Letras de Sete Lagoas, por vários mandatos. Que sem dúvida, merece o crédito, pela ativa e vibrante manutenção do mesmo, que, graças a ela, este ano comemora o jubileu de ouro; e a clubista, poeta e premiada trovadora, Célia Guimarães Santana, reconhecida no Brasil e no exterior. Entretanto, leitor, eu reconheço que ousei ao tentar descrever este belíssimo e indescritível, “Serão Poético”. Porque, nuances sempre serão perdidas. Por isso, convido-o a assistir ao próximo, que será realizado no mês de junho.
Maria Amélia Thomaz
Enviado por Maria Amélia Thomaz em 18/03/2014
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