A complexidade do casamento

A complexidade do casamento

(Trecho de texto do livro "Um vulto de mulher" de m/autoria).

As núpcias é o ápice do romance de amor entre um casal. Depois da concretização do amor, inicia-se a fase do declínio permanente; segundo as leis da gravidade: “tudo que sobe, desce”.

Mesmo partindo do pressuposto que o casamento é a efetivação dos sentimentos de amor entre o casal, diríamos que tal suposição é falsa, pois a fase do namoro é a melhor de todas, pois é quando floresce o melhor dos sentimentos entre o casal; é quando emerge a ilusão com as juras de amor intermináveis e planos de um futuro a dois sobre o mesmo teto.

Após a concretização das núpcias, os cônjuges passarão a viver dia após dia numa rotina constante, e em consequência, o sexo perde seu valor por falta dos ímpetos normais e da carência sexual do casal, motivado pela mesmice de todas as noites, contribuindo bastante para a extinção do amor e a falta de interesse no casamento.

Chega a ser engraçado, mas é uma verdade que poucos percebem. Na verdade, o amor não passa de ilusões passageiras que logo se dissipam, motivadas pelo desamor que acaba por acontecer entre ambos os cônjuges, ou apenas por um deles, salvo raríssimas exceções.

Depois de algum tempo, o sexo já não satisfaz mais. A inexistência de interesse sexual não é a mesma de antes, e já não mais existe atração sexual entre o casal. Tal fato, pode durar longo tempo de martírio, caso não haja obviamente, a separação do casal, motivado por uma só causa: o amor que existia entre os cônjuges, acaba por se transformar em amizade, amor fraternal, ou até em repulsa, devido aos múltiplos motivos.

Neste contexto, conclui-se que com o decorrer do tempo, a rotina sexual entre o casal, acaba por assumir uma espécie de sexo obrigatório e não sexo por amor e prazer.

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Luiz Pádua
Enviado por Luiz Pádua em 18/03/2014
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