Nunca tivemos atropelo algum. Nosso “casamento” era perfeito. Até que resolvi trocar “Madalena” por um “Príncipe Encantado”, bonitinho e ordinário.
Toda manhã não queria sair de casa, de jeito algum, e, nas manhãs de inverno, o inferno era maior. Eu fazia de tudo pra ele querer sair e nada. Quando cismava, cismava mesmo. A confusão era tanta que terminávamos por acordar toda a vizinhança.
Nossa “convivência” foi ficando cada vez mais desastrosa difícil de ser apaziguada e eu resolvi me separar dele definitivamente. Porém, como ele, além de tudo era "alcoólatra", essa separação não seria nada fácil. Depois de muito pelejar, uma amiga psicóloga resolveu investir naquela relação e o tirou de mim. – Que alívio!!!
Resolvido o problema logo arranjei um novo companheiro, e, mais outro e mais outro, até que cheguei num bem novinho e disposto, mas quem já não tinha mais tanta disposição era eu.
Quanto a minha querida e adorada “Madalena” deve ter ido parar nas mãos dos “Mamonas Assassinas”, se tornou amarela e depois do lamentável ocorrido, nunca mais tive notícias dela.
Ai que saudades de “Madalena”! (Rsrs)
Atenção Sra. Leitores!
Republiquei a crônica acima por solicitação de alguns amigos. No entanto, recebi alguns e-mails me questionando quem era afinal Madalena. Ora, na crônica só falo dos carros que tive e o melhor de todos foi Madalena – uma Brasília 1974. O Príncipe Encantado – alcoólatra por que era movido a álcool – foi um Chevette 1980, que, para funcionar, no inverno, precisava ser aquecido. Então eu pegava uma chave de fenda, na ponta enrolava uma bucha, umedecia com álcool e com o fósforo acendia. Então, retirava a tampa do distribuidor, e com a tocha improvisada, aquecia a respectiva, inclusive, fazia o mesmo com os cabos de velas. Só assim o bicho pegava.
Acho que eu teria que reescrever esta crônica, mas estou com preguiça. Hahahahaha
**********
Comentário digno de destaque