Las Vegas - se divertindo na Sin City!
Eu e minha esposa estivemos em Vegas no final de fevereiro e começo de março/14. Simplesmente FABULOSO como eles se autodenominam no famoso outdoor do cowboy que foi marca registrada do antigo cassino Pioneer. Você vê este mesmo cowboy na FREMONT que é aquela rua coberta com uma espécie de widescreen que muda de cenário a cada instante.
Limusine nos apanhou no aeroporto, direto pro LUXOR, aquele da pirâmide, que durante a noite tem um facho de luz de 36 mil watts no topo e, dizem, que dá pra ver do espaço(!!).
De arquitetura arrojada, onde os elevadores são em plano inclinado (se locomovem como numa ladeira) você se sente como se estivesse na época áurea dos faraós egípcios.
Classico e indefectível cassino onde ganhei U$580 no blackjack! Volto a escrever sobre esta experiência mais adiante.
Fui direto pro Tender, restaurante dentro do cassino e gastei meros U$120 pelo excelente jantar. Como disse ao maitre que estava comemorando meus ganhos no blackjack, nos foi oferecida uma segunda garrafa de Sauternes!
O Luxor é um dos primeiros na Boulevard Las Vegas sul, apelidada de The Strip (se pronuncia "estripe" mesmo). Ele se interliga ao Mandalay Bay, mais ao sul e ao Excalibur por longos corredores, com pé direito altíssimos, divinamente decorados conforme o tema de cada hotel. Também por intermédio de um monorail privado de três vagãozinhos.
Salte na estação do Excalibur e comece sua "promenade" pela Strip e veja até pode ir a pé.
Você não verá o tempo passar, mas seu corpo sim! Umidade relativa do ar igual do centro oeste brasileiro e temperatura de mais de 25 Celsius faz os lábios ressecarem e acontecer pequenos sangramentos no nariz. Esqueça do frio durante os próximos sete meses. Bermuda e sandália! Um blazer e um par de saltos altos é condição sine quae non para o casal para alguns eventos noturnos.
Mas, aí o que você faz?
Vá de ônibus! Não de taxi! (Sobre taxis, escrevo mais adiante). Há dois tipos (físico) de ônibus. Ambos atravessam a Strip de norte a sul e vice-versa. O de dois andares pára nas vinte e sete bustop. Já o comum, só em algumas. É o expresso. Pra quem quer ir direto aos tão falados outlets, do norte e do sul, este último é a opção.
Nas paradas existem máquinas que vende os dois tipos de bilhete. Oito dólares por vinte e quatro horas e 26 por uma semana. Não se compra esses bilhetes dentro do veículo. As notas devem ser inseridas com a imagem do patrono pra cima e com o lado esquerdo da nota (quando você a segura a sua frente, olhando a esfinge). Qualquer outra posição a maquina rejeita. Tem que ser a quantia exata.
Se você pretende ficar mais de três dias é vantagem comprar o bilhete de cinco dias.
Agora pegue o double decker bus e suba ao segundo andar e experimente um fascinante tour de cores exuberante, construções fabulosas de arquiteturas idênticas aos originais.
Aqui a Torre Eiffel (somente cento e poucos metros de altura) ao lado do Arco do Triunfo que fica em frente a entrada do Opera,
Vire a cabeça e verás a perfeição do lago Como, visinho a Fonte de Trevi. Atire suas moedas lá!
Se surpreenda com a Piazza San Marcus, a ponte dos Suspiros e os canais venezianos e as gondolas (sem vaporettos) deslizando em águas cristalinas azuis (bem... nem tudo é perfeito. Veneza é Veneza!).
De repente você dá de cara com uma Halley-Davidson de escala dez vezes maior se projetando de um prédio!
E assim por diante.
Se imagine no Magical Mystere Tour Bus com Lennon-Mcartney cantando A Day in the Life! (Ou Magical Bus com Daltrey e Thowsend!)
Então, se chega a Fremont, na velha downtown (desculpem o pleonasmo). É um capítulo a parte. Num breve resumo, é o local onde Vegas prosperou dos anos cinquentas até os setentas. Esse lugar mágico e excitante fica na perpendicular da Boulevard Las Vegas norte. Lá existe o antigo tribunal que hoje congrega o Mobster and Law Enforcement Museum, conhecido como o museu da Mafia (vinte dólares pra conhecer). Voltaremos depois a este capítulo.
Não hesite em visitar esses lugares a pé (tomando as devidas precauções) ou mesmo indo de um trecho a outro de coletivo.
Aproveite e tire fotos com Elvis, Coristas (meu caso!!), Kiss, aquelas coisas de Meu malvado favorito e muitos outros. Tem também cowboys de chapéu, sunguinha e botas (for the ladies!!).
Compre um "daiquiri". São copos enormes ( o menor de quase 500 ml) com drinques como Pina Colada, Mojitos, Hawai Blue etc etc. Coloridíssimos. Mais barato, U$9,00.
Quanto custa a caipirosca de menos 200 ml nas nossas praias?
Alugar carro pra passear somente na Strip é insensatez. Tudo bem que todos os estacionamento são gratuitos.
Mas, economize esse dinheiro e vá jogar blackjack, o famoso 21. Ir a Las Vegas e não jogar é igual aquela historia de chupar bala embrulhada.
Seja ateu e caia no pecado, afinal você está na Sin City e o que acontece em Vegas, fica em Las Vegas!
Leve sua mulher pra ver o espetáculo Thunder Downunder, de musculosos australianos se exibindo de sunguinha! Na outra noite vá ao Fantasy que é o oposto com belíssimas e monumentais espécimes femininas!
Se for pegar taxis, vá a qualquer entrada de hotel ou restaurante. Há um acordo entre o sindicato dos taxistas e a prefeitura para que não se apanhe aleatoriamente passageiros na Strip.
Eles são mais baratos que nossos congêneres. Do lado de fora da porta do carona estão quanto é a tarifa inicial, quanto sai por milha e por período de espera.
Se for pegar taxi no aeroporto, fale pro motorista não pegar o túnel. É a maior roubada. Enfatize que você quer conhecer o Dean Martin Drive. Ou o Frank Sinatra Drive. Diga-lhe que é um antigo desejo seu. Ele vai entender.
Bom, você tem que ter uma boa noção de inglês. Senão, a "volta" que ele vai dar, não será mais de U$30.
Pelos caminhos que indiquei é por volta de U$10 menos.
Blackjack. Conduta: nunca toque nas cartas. Nunca. Nem entregue o dinheiro, esperando que o crupier vá pegar de sua mão. Simplemente deposite a cédula na mesa.
Você verá diversas mesas meia-lua. característica de mesas pra blackjack.
Atente para a plaquinha a direita do crupie, ao nível da mesa, onde diz o máximo e o minino que você pode apostar por vez. Se você quiser apostar U$200 deve procurar a mesa que faz até U$1000 por aposta.
Se quiser cartas, apenas aponte pra baixo ou bata levemente na mesa. O contrario, acene horizontalmente com a mão.
O ÁS pode ser 1 ou 11, conforme sua conveniência. Assim, um Dez em diante com um Ás é 21. Automaticamente você ganha o dobro que jogou independente que a mesa faça também 21.
Acontece que você tem um Rei (ou Dez, Dama, Valete) e um Cinco. Pede carta é vem um Ás. Você terá então Dezesseis. Se quiser, pode separar.
Faça o típico gesto com as mãos (Lembre-se, nunca toque nas cartas). Nesse caso, você não poderá colocar o Rei e o Ás juntos (por razões óbvias).
A aposta deverá ser de mesmo valor da outra e as fichas colocadas ao lado desse novo set de cartas. É só isso. Good Lucky.
Se você fala razoavelmente inglês, não hesite em entabular conversação. Há algumas exceções bem marcantes que não é simplesmente minha opinião. É fato.
Os afro e europeus-americanos são surpreendentemente gentis e prestativos em qualquer lugar em Las Vegas.
Não espere subserviência da parte deles. Apenas objetividade e bom humor se houver um mínimo motivo para isso.
Os asiáticos são prestativos e gentis no circulo da Boulevard Las Vegas. Não tente ser engraçado com eles, ainda mais se for um crupier.
Ao contrário das duas outras etnias já mencionadas ( tenha bom senso quanto a continuidade da conversação nesse ambiente).
Latinos. Podem ajudar no quesito informação falando espanhol, enquanto funcionários.
Não tente bater-papo em espanhol ou portunhol. Eles não gostam. Parece que não gostam de ver outro latino nesse status de turista. Fale sempre em inglês com eles.
Dê um dólar de gorjeta a um afro/europeu americano. Eles o porão no bolso sem olhá-lo e te agradecerão pelo reconhecimento do serviço ele te prestou, não pelo valor. A gorjeta neste caso é como uma nota positiva ao bom trabalho que ele faz. E também boa educação pelo doador.
Faça o mesmo com um latino. Fatalmente vai olhar a cédula e te agradecer. Mas, a feição dele vai dizer se gostou ou não.
Fora do circuito The Strip, principalmente nas lojas dos outlet, eles são sisudos e sem nenhum bom humor. Não os estou culpando por serem assim. Nós somos assim. Isso é, infelizmente nossa herança cultural latina judaica-cristã. Além de sermos eternamente "países em desenvolvimento".
Em Curaçao vi este tipo de atitude, até mais arrogante com o turista pelos afro descendentes. Totalmente o contrário pelos nativos de etnia holandesa (bem dizendo europeia).
Só um desinformado vai me achar racista (não vou me justificar esclarecendo que também não sou um caucasiano). Minhas observações estão mais pra cunho antropológico do que social.
Ainda bem que existe Las Vegas!!
Pretendo voltar a escrever sobre o que vivenciei e conversei com os nativos de Vegas.
The Flamingo tem uma história fabulosa!
O Desert Inn foi onde Howard Hughs viveu algum tempo e comprou ,metade de Las Vegas. A história dele está no filme O Aviador. Di Caprio faz o personagem.
Até breve!!