Política numa hora dessas?
A bancada de um conhecido partido político ameaça independência na Câmara dos Deputados, o que significa que não necessariamente votará de acordo com os interesses dos seus aliados. Ou seja, de forma extraordinária, é possível que tenhamos deputados dispostos a pensar antes sobre aquilo que estão votando.
Um ex-governador, preso durante o mandato em meio aos escândalos de corrupção em seu governo, acerta os últimos detalhes para a composição da chapa que encabeçará nas próximas eleições. Na ocasião ele enfrentará o atual governador, eleito justamente para trazer novos tempos à política local, mas passou tão longe disso que ainda será com este argumento que lhe farão oposição. Em nome da mudança, farão campanha aqueles que um dia foram tirados de lá – em nome da mudança. Por ela, muitos pecados são perdoados e outros mais são autorizados.
Uma revista inglesa destaca a importância que as redes sociais certamente terão nas eleições brasileiras. A princípio, não diz que a maior parte dos candidatos faz dela o mesmo uso de um santinho, mero material de campanha a ser divulgado, sem necessidade de retorno do eleitor. Muitas vezes o próprio eleitor não parece disposto a fazer delas mais do que um canal para defender o seu candidato de quem pensa diferente.
Pré-candidato à presidência do Brasil – este país, acreditamos nós, democrático – entra na Justiça para que as páginas de busca na Internet bloqueiem alguns resultados que considera prejudiciais à sua imagem. A Justiça negou, como já havia negado antes, e provavelmente não será muito positiva a repercussão deste episódio nas páginas de busca na Internet.
Outro pré-candidato, mantendo a tradição daqueles que já estão no cargo e, além disso, lideram todas as pesquisas, sinaliza com a não participação nos debates televisivos previstos para a campanha eleitoral. Afinal de contas, ninguém é obrigado a produzir provas contra si.
Era isso que eu tinha para hoje – Dia Nacional da Poesia.